Crítica | Scooby-Doo na Ilha dos Zumbis (Scooby-Doo! On Zombies Island)

Nota
5

“It’s terror time again
And you just might die of fright
It’s a terrifying time”

Após resolver inúmeros mistérios onde monstros são apenas pessoas fantasiadas , a Mistério S/A decide se separar e seguir caminhos diferentes. Salsicha (Billy West) e Scooby (Scott Innes) trabalham na Alfândega, Velma (B.J. Ward) abriu sua própria livraria de mistérios e Daphne (Mary Kay) e Fred (Frank Welker) atravessam o país em busca de mistérios não solucionados para seu programa de televisão.

Com saudades dos velhos tempos, a turma decide se reunir durante o aniversário de Daphne e partir em uma jornada para Louisiana, em busca de um verdadeiro documentário sobrenatural. Após inúmeros fracassos ao longo do caminho, a trupe conhece Lena (Tara Charendoff), uma cozinheira que afirma que o casarão onde trabalha é verdadeiramente assombrado. Animados com o possível caso sobrenatural, a equipe de detetives parte com a garota para a Ilha Moonscar, lar de um antigo pirata amaldiçoado que esconde um segredo devastador.

Intrigados com o número crescente de desaparecimentos na ilha, a Mistério S/A começa a investigar os eventos sobrenaturais. Mas, durante a noite, coisas misteriosas começam a acontecer e o que parecia ser um mistério comum passa a ser algo ainda mais macabro e nefasto do que os garotos (e garotas) estão acostumados. Determinados a solucionar o caso, a turma embarca em uma aventura medonha que pode mudar de vez sua visão de mundo.

Lançado diretamente para homer-vídeo, Scooby-Doo na Ilha dos Zumbis trás uma das melhores animações da turma. Dirigido por Hiroshi Aoyama, Kazumi Fukushima e Jim Stenstrum, o longa apresenta uma proposta completamente diferente do que a franquia tinha feito até o presente momento. Com um tom mais sombrio e contornos menos estilizados e mais tridimensionais, o filme apresenta uma riqueza impecável em seu projeto, mostrando todo o cuidado é carinho que a Warner teve com sua nova franquia.

Fugindo do tom leve e engraçadinho, o filme ganha seu próprio ritmo e compostura trazendo uma trama gostosa e mais lenta, mas não menos agradável de se acompanhar. O roteiro tira seu próprio tempo para nos apresentar os personagens, mostrar seus dilemas e introduzir aos poucos o mistério a ser desvendados. Tomando, muitas vezes, um caminho sem saída apenas para nos permitir investigar por nós mesmos e rirmos da parede logo a frente.

O filme ainda faz clássicas alusões a clássicos do terror; seja pela trilha de sonora sinistra tocada durante uma simples viagem de van, ou o clássico atemporal do carro que não funciona na hora certa, tudo esta ali para nos criar tensão. Mas, é na aparição dos Zombies que o filme verdadeiramente abraça seu lado mais obscuro. Com cenas de desmembramento, magia voodoo e cultos secretos, o filme consegue sim dosar seu terror com o humor típico de Scooby e sua turma.

Com um terror bem dosado, que pode levar crianças a pesadelos infantis, Scooby-Doo na Ilha dos Zumbis é uma grata surpresa para os fãs da franquia. Surpreendente em seu enredo é repleto de boas referencias, o longa diverte e assista tornando-se um clássico instantâneo e mostrando a turma em sua melhor representação. O longa mostra que o filme pode sim ser perturbador sem perder seu encanto e que se conseguimos passar pelo pesadelo teremos um final magnífico. Não é nada surpreendente que ele tenha se tornado o favorito de muitos fãs e perpetue no topo das listas de melhores animações da Mistério S/A.

 

Preso em um espaço temporal, e determinado a conseguir o meu diploma no curso de Publicidade decidi interagir com o grande público e conseguir o máximo de informações para minhas pesquisas recentes além, é claro, de falar das coisas que mais gosto no mundo de uma maneira despreocupada e divertida. Ainda me pergunto se isso é a vida real ou apenas uma fantasia e como posso tomar meu destino nas minhas mãos antes que seja tarde demais...

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