Nota
A Mistério S/A é convidada para uma visita à universidade, onde seu amigo Eric (Bob Berger) está desenvolvendo um jogo virtual inspirado na turma e em seus mistérios. Mas, ao chegarem ao local eles descobrem que devido a um erro no programa um poderoso Vírus Fantasma escapou da rede e começou a aterrorizar o campus.
Determinados a deter o vírus, a turma começa a investigar o caso. Atraindo o mesmo para o laboratório, eles esperam mandar o maldito de volta a seu lugar através de um poderoso laser que pode transportar coisas reais para o mundo cibernético. Em meio a confusão, a trupe é mandada misteriosamente para o jogo onde teriam que enfrentar seus piores medos, fases mortais e velhos inimigos para chegar ao fim de sua aventura e descobrir de uma vez por todas quem esta por trás desse caos.
Lançado em 2001, Scooby-Doo e a Caçada Virtual é o quarto filme animado da franquia, chegando diretamente em home-video e largando de vez o tom sombrio dos filmes anteriores. Dirigido por Jim Stenstrum, o longa trás uma serie de referências à série clássica: seja no padrão da história ou ate mesmo em participações inusitadas que deixam qualquer fã nostálgico, o filme consegue despertar nosso saudosismo e relembra bem a era de ouro de Scooby e sua turma.
Misturando traços mais modernos com efeitos visuais tridimensionais, o longa explora bem uma tentativa de modernização da turma jogando seus personagens em um jogo bastante interessante que não demorou a ganhar uma versão física. O filme ganha força ao entrar no mundo virtual, nos mostrando todo seu potencial que parece ter sido apressado por uma possível falta de verba, restando assim ao publico conhecer mais profundamente 4 das 10 fases disponíveis de uma ideia interessante que não foi totalmente aproveitada.
Mas, o filme compensa isso ao nos mostrar um dos momentos mais icônicas da saga. Fred (Frank Welker), Daphne (Grey DeLisle), Velma (B.J. Ward), Salsicha e Scooby (ambos dublados por Scott Innes) reencontram suas versões do passado e analisam as mudanças pela qual passaram. É uma cena tão marcante que não existe um fã que não lembre com carinho. Porém, mesmo com suas qualidades o filme mostra um problema quase mortal: seu antagonista.
O Vírus Fantasma não possui nem a decência de parecer assustador. O personagem começa o filme com grandes poderes e com a hábil qualidade de causar o caos para logo em seguida ter esses mesmos poderes esquecidos tornando-se apenas saco de pancada da turma durante o restante do filme. O longa reconhece o problema e tenta suprir a falta de carisma e periculosidade com “ajudantes” que se mostram mais interessantes que o próprio vilão. Sim, as fases podem ser mortais mas em nenhum momento sentimos medo do vírus. Do jogo sim. Dele? Jamais.
Com um dedo nostálgico mas atrapalhado por sua falta de orçamento, Scooby-Doo e a Caçada Virtual parece um filme feito para vender jogos (e talvez seja). Mas, mesmo assim, nos proporciona um bom divertimento e consegue nos entreter e atiçar a curiosidade para o que ele poderia ser se tivesse tempo e um orçamento maior.
Phael Pablo
Preso em um espaço temporal, e determinado a conseguir o meu diploma no curso de Publicidade decidi interagir com o grande público e conseguir o máximo de informações para minhas pesquisas recentes além, é claro, de falar das coisas que mais gosto no mundo de uma maneira despreocupada e divertida. Ainda me pergunto se isso é a vida real ou apenas uma fantasia e como posso tomar meu destino nas minhas mãos antes que seja tarde demais...