Análise | Darkness and Flame: Born of Fire

Lançado em 08 de Dezembro de 2016, pela Five-BN, Darkness and Flame: Born of Fire é um jogo de aventura com objetos escondidos, minijogos e enigmas, que se passa em um mundo de fantasia único, as Terras Férteis, cheio de oásis e desertos infinitos. Um jogo que permite explore mais de 50 locais incríveis, completando mais de 40 diferentes mini-games, ao mesmo tempo que em desafiamos a nós mesmo ao interagir com os objetos interativos da cena, juntar coleções, capturar objetos metamórficos e completar conquistas. O jogo está disponível para PC e Mobile, sendo a análise feita na versão Android do jogo.

ENREDO – O PERIGO DA CURIOSIDADE

Alice estava a beira do rio quando encontrou uma caixa, com curiosidade, a garota a abriu e encontrou um ovo de onde nasce o Pássaro de Fogo, que entra na jovem de alguma forma, deixando uma marca em seu braço, lhe dando uma capacidade especial e embranquecendo seus cabelos. Começa então uma caçada, com homens misteriosos buscando seu paradeiro logo após assassinar seu pai, e a única pessoa que resta para lhe ajudar é seu tio Colin, que a garota acabou de descobrir que existe. Isso tudo a leva para uma intensa trama, levando-a a notar que seus novos poderes são justamente a arma necessária para derrotar um ser que vem usando a força da Escuridão para tentar dominar seu continente, por conta de sua curiosidade, Alice se torna parte da eterna batalha entre a Escuridão e a Chama.

 GRÁFICOS – DA ARTE AOS CUTSCENES: UM SHOW VISUAL

O jogo é todo construído em cima de construções 2D com muito empenho na luz e sombra e na coloração, que reflete bem cada cenário e cada personagem, interage bem com o todo e ainda traz uma sutil diferença de cores nos objetos a serem encontrados, uma forma de incluí-los no cenário mas destacá-los para facilitar a jogatina. Tudo fica ainda melhor quando consideramos as Cutscenes do jogo, as cenas de transição parecem ter saído de uma animação da TV, algo que encanta e nos envolve e faz com que, mesmo com o botão de pular ali do lado, acabamos enfeitiçados a assisti-las até o final.

AMBIENTAÇÃO – OS DIFERENTES VISUAIS DOS VILAREJOS

O jogo é dividido em vilarejos, temos todos os tipos de povos que vão desde os camponeses, como Alice e seu pai, o visual numa pegada de mago medieval de Colin, o visual mais tecnológico da vila de Marcus, entre tantos outros cenários, que passam pela maravilhosa (e incrivelmente fluida) cachoeira, as paisagens submarinas, tendo até o cuidado de justificar para os mais interessados o motivo de a população do Vale do Crepúsculo ter a pele esverdeada, uma ótima combinação de gráficos, enredo e cenários, tudo de forma harmoniosa para deleitar os olhares dos jogadores, que devem ficar sempre atentos a cada detalhe do cenário na busca de coletar os objetos necessários para a missão.

SOM – O CANTO DA NATUREZA

Para colocar a cereja no bolo desse visual magnífico, só faltava sons de fundo dignos, e é isso que vemos, nada da clássica trilha sonora, mas em cada lugar temos um som diferente, sons que emanam da natureza daquele local e tornam possível identificar cada povoado apenas pela combinação de sons que o cenário proporciona, fora os sons de interação, onde cada objeto faz seu som correspondente quando usado na missão, um trabalho de mestre que merece ser apreciado a cada segundo.

JOGABILIDADE – CLIQUES, ZOOM E RÁPIDOS DESLIZES

Darkness and Flame: Born of Fire é inteiramente construído em cima da premissa do Click-and-Point, sendo assim o gameplay é inteiramente feito atravessando cenários, coletando objetos para avançar nas missões e os utilizando depois, tudo isso entrecortados de minijogos que servem para destravar portas, liberar baús e revelar objetos. Quebrar a cabeça, é literalmente esse o objetivo do jogo, já que você não só deve coletar objetos e usá-los como, algumas vezes, ao coletar um objeto lembrar em qual dos 35 cenários ele será necessário, e voltar para o local para seguir o gameplay, claro que tudo é facilitado pela presença do mapa, que nos ajuda a nos transportar de um cenário a outro em um pulinho.

EXTRAS – AS COLEÇÕES ESCONDIDAS

A medida que você vai jogando, você também pode completar as coleções, que vão liberar conteúdos bônus que vão desde quebra-cabeças a minijogos extras. A cada um dos 35 cenários que você passa, você irá encontrar dois objetos, sendo um deles um dos 35 Objetos Metamórficos e um dos itens colecionáveis, que são compostos por 7 Ovos de Pássaro de Fogo, 7 Ampulhetas, 7 Crânios de Jade, 7 Escaravelhos Dourados, 7 Estatuetas de Peixe Vermelho e 15 Penas, tudo isso demanda toda a sua atenção e detalhamento para achar cada um desses objetos incluídos em cada um dos cenários.

No Capítulo Bônus podemos ver Marcus entrando em sua própria missão, ajudando o povoado do Vale do Crepúsculo a descobrir o motivo de o gás, que sempre tornou eles especiais, estar matando as pessoas. 

CONCLUSÃO – UMA TRAMA ÉPICA E CHEIA DE GIRLPOWER

Born of Fire é mais um dos jogos de aventura cheios de perigo da Five-BN que é protagonizado por uma garota, o que torna o poder feminino mais forte à medida que vamos provando o quanto Alice é capaz, sagaz e inteligente, mesmo que tenhamos Colin sempre a nosso lado para orientá-la (e nos tirar dúvidas) nos momentos mais essenciais. No fim vemos a Cidade Perdida, e vemos a esperança para uma sequência surgir, além de muita curiosidade sobre o que venha a acontecer.

Icaro Augusto

Sonhador nato desde pequeno, Designer Gráfico por formação e sempre empenhado em salvar o reino de Hyrule. Produtor de Eventos e CEO da Host Geek, vem lutando ano após ano para trazer a sua terra toda a experiência geek que ela merece.