Análise | Friday the 13th: Killer Puzzle

Nota
4

Lançado em 20 de janeiro de 2018 nos EUA e em 13 de abril de 2018 para o resto do mundo, Friday the 13th: Killer Puzzle, quarto jogo oficial da franquia Sexta-Feira 13, é um game de puzzle desenvolvido pela Blue Wizard para iOS, Android, PC (através da Steam) e Nintendo Switch, colocando o jogador para controlar o assassino Jason Voorhees em diversos cenários, onde se deve fazer movimentos calculados para alcançar todas as vítimas da locação sem ser pego por nenhum policial, e finalizar com um ataque épico no Final Boy ou na Final Girl.

OBS.: Análise desenvolvida a partir da versão 17.0 do game no Android.

 

ENREDO – JASON CHEGOU E ESTÁ COM SEDE DE SANGUE

Jason Voorhees está viajando por diversas locações, a começar pelo Acampamento Crystal Lake, onde está com sede de sangue, e onde está vendo diversos de visitantes. Cabe a você encarnar Jason e calcular, usando a quantidade limitada de movimentos que possui, como alcançar cada uma de suas vítimas e limpar o cenário, ao mesmo tempo que vai acumulando Bloodlust para passar o nível de seu personagem. São várias locações, várias armas e várias habilidades, assim como são várias as vítimas que estão a disposição da sua fúria sanguinária.

GRÁFICO – BEM AO ESTILO SOUTH PARK

O visual dos personagens no jogo lembra bastante uma versão adaptada para o 3D do estilo de South Park, bem simples e miniaturizado mas sem perder o teor adulto do visual, dando um terror discreto mas latente aos visuais assumidos por Jason e uma praticidade nas transições das expressões de cada vítima, que mudam fluidamente do ‘zonzo’ para o assustado e o desconfiado, sem que isso pareça ser uma transformação artificial, mesmo que os personagens sejam claramente não-humanos. As cores são outro ponto forte no gráfico, com mudanças de cores e combinações para criar diversas identidades aos personagens e até diferenças discretas, porém notáveis, entre algumas das skins de Jason.

AMBIENTAÇÃO – JASON PODE APARECER EM QUALQUER ÉPOCA OU LUGAR

Com doze locações, que vão sendo desbloqueados a medida que o Body Count vai aumentando, é possivel viajar com Jason para além do Acampamento Crystal Lake e alcançar uma prisão, as ruas de Manhattan, um resort à beira mar, uma nave futurista, uma Londres vitoriana, e até um cenário pré-histórico, entre tantas outras locações que vão tornando os puzzle cada vez mais complexos e os obstáculos cada vez mais incômodos. Tornando a jogatina cada vez mais intensa e imersiva, e instigando os jogadores a ir até o fim de todos os estágios e episódios.

SOM – OS CLÁSSICOS DE HARRY MANFREDINI QUE NÃO PODERIAM FALTAR

Harry Manfredini criou as trilhas dos três primeiros filmes da franquia, uma trilha tão bem trabalha que logo se tornou icônico e passou a ser repetida inúmeras vezes para marcar a presença de Jason próximo de suas vítimas, e no jogo não podia ser diferente. As trilhas do jogo são resgatadas diretamente do clássico dos filmes, e é justamente essa trilha que causa a completa nostalgia aos amantes da franquia, principalmente quando chega o momento de encarar o Final Boy/ a Final Girl, quando a música tema icônica de Jason é coloca nas alturas e incentiva o jogador a dar um ‘fatality’ bem executado nessa vítima final.

JOGABILIDADE – FACIL DE JOGAR MAS BEM COMPLICADO DE SOLUCIONAR

Como um bom puzzle, o jogo vai fundo na sua função. É incrivelmente fácil aprender a jogar, principalmente por que não existe uma diversidade muito grande de opções: basta deslizar o dedo na tela e o movimento será feito. A dificuldade não fica em jogar, mas sim em solucionar os movimentos que precisam ser feitos para conseguir matar as vítimas do cenário e finalizar na posição certa para chegar ao ‘X’ marcado no cenário, onde irá surgir o Final Boy/ a Final Girl.

EXTRAS – COLECIONE AS SKINS E AS ARMAS

Apesar de não existir uma sidequests, o jogo tem sua própria forma de criar uma jogatina paralela: as coleções. A medida que você vai jogando, vai acumulando Body Count e Bloodlust, o que vai permitindo o desbloqueio de novas skins (assim como novos cenários) e a liberação de novas caixas, que te presenteiam com novas armas para divertir ainda mais a jogatina. São vinte e uma opções de skin (vinte e cinco se contar que quatro delas possuem a opção de Jason mascarado e desmascarado) e cento e vinte opções de armas que podem ser colecionados e explorados a medida que a jogatina vai acontecendo.

CONCLUSÃO – AJUDE O LENDÁRIO ASSASSINO A PERSEGUIR E CEIFAR OS CAMPISTAS

Friday the 13th: Killer Puzzle consegue ser facilmente considerado um dos melhores jogos offline existentes, o que mostra o verdadeiro trabalho profissional executado pela Blue Wizard, que se mostrou capaz de pegar um personagem tão icônico, vindo de uma franquia de peso, e desenvolver um jogo que faz jus a toda a mitologia da franquia e é capaz de agradar aos fãs e aos jogadores despretensiosos. Cheio de puzzles inteligentes e divertidos, trazendo inclusive a Daily Death (um puzzle especial que muda a cada dia e oferece vantagens bônus para aqueles que o resolvem), o jogo só não é perfeito por trazer itens de compra caros e não ter uma versão em português, algo que afeta um pouco pelo fato de a cabeça da mãe de Jason aparecer de vez em quando para dar dicas e guiar a jogatina.

Sonhador nato desde pequeno, Designer Gráfico por formação e sempre empenhado em salvar o reino de Hyrule. Produtor de Eventos e CEO da Host Geek, vem lutando ano após ano para trazer a sua terra toda a experiência geek que ela merece.

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