Análise | Sonic Frontiers

Nota
3

Lançado em 2022 pela SEGA, Sonic Frontiers apresenta a transição do icônico ouriço azul para o formato de mundo aberto. O jogo mistura elementos clássicos da série com uma abordagem moderna, buscando explorar a essência de velocidade e liberdade em um universo mais expansivo. Disponível para diversas plataformas, ele traz inovação técnica ao mesmo tempo em que divide opiniões entre os fãs.

 

ENREDO – UMA AVENTURA ENTRE DIMENSÕES

A trama de Sonic Frontiers inicia com Sonic, Tails e Amy investigando o desaparecimento das Chaos Emeralds, mas um acidente os transporta para as misteriosas Ilhas Starfall. Lá, Sonic precisa resgatar seus amigos presos em dimensões paralelas, enquanto enfrenta criaturas robóticas e descobre segredos antigos do local. Embora simples, sua execução é mediana, com diálogos supérfluos e algumas pontas soltas. Ainda assim, a trama é funcional para justificar a exploração e os desafios.

GRÁFICOS – UM MISTÉRIO VISUALMENTE INCONSISTENTE

A renderização das Ilhas Starfall é impressionante em termos de escala e detalhes, com paisagens amplas que reforçam a sensação de liberdade. Contudo, a integração dos elementos de plataforma e inimigos no mundo aberto parece desconexa em alguns momentos. Os visuais são inconsistentes, alternando entre belíssimas paisagens e texturas menos trabalhadas.

AMBIENTAÇÃO – O MISTÉRIO NAS ILHAS STARFALL

As Ilhas Starfall apresentam ambientes variados, que vão de planícies abertas a ruínas misteriosas e florestas densas. Cada ilha possui uma identidade única, mas carece de interatividade profunda. Apesar disso, o clima enigmático e a trilha sonora complementar elevam a atmosfera, oferecendo momentos de exploração satisfatórios.

SOM – TRILHAS ÉPICAS E EFEITOS SIMPLES

A trilha sonora mistura tons melancólicos e épicos que se destacam, especialmente durante as fases lineares. Contudo, os efeitos sonoros de interações e movimentos não possuem o mesmo impacto, ficando em segundo plano. No geral, o som complementa o jogo, mas não revoluciona a experiência.

JOGABILIDADE – VELOCIDADE SEM BARREIRAS (QUASE)

Frontiers tenta oferecer controle total sobre Sonic, com habilidades expandidas como combate e puzzles. A jogabilidade em mundo aberto é inovadora, mas a mecânica de combate repetitiva e os controles às vezes imprecisos podem frustrar. Em contrapartida, a sensação de velocidade e exploração é gratificante.

EXTRAS – MISSÕES ALÉM DA CORRIDA

O jogo apresenta uma boa variedade de sidequests, incluindo puzzles e combates desafiadores contra titãs. Embora algumas missões sejam repetitivas, elas oferecem uma pausa interessante da história principal. Os colecionáveis também incentivam a exploração.

CONCLUSÃO – UM PASSO EM FRENTE (E MEIO DE LADO)

Sonic Frontiers tenta inovar com sua proposta de mundo aberto. Contudo, suas falhas técnicas e mecânicas inconsistentes pesam na balança. Ainda assim, é uma experiência diferenciada para fãs e uma tentativa ousada de renovar o ícone da SEGA.

Apaixonado por indies, entusiasta de RPG's, assíduo neste universo desde os anos 90 e amante da temática retrô. Professor, Advogado, e de tudo um pouco, me arriscando como redator sobre videogames com foco em análises críticas e tendências da indústria.

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