Nunca esqueça que a escuridão não é sua amiga, as vezes você encontrar coisas horríveis se esgueirando pela parte mais escura de seu quarto.
Naquela noite eu me acordei molhado de suor, com meus lençóis bagunçados sobre a cama e minha respiração pesada e rápida, eu percebi que meu coração estava a mil por hora e não entendia o que tinha acontecido, será que eu tive um pesadelo e me esqueci? Eu estava com aquela sensação de alerta, de perigo iminente. Olhei ao redor do meu quarto, sentindo que algo estava errado, como seu eu não estivesse sozinho, como se alguém estivesse me observando… Achei que era bobagem da minha cabeça, mas prestei atenção ao meu redor por garantia.
Na tenebrosa escuridão eu enxerguei vários contornos: meu armário, minha escrivaninha, que estava repleta de papéis e de deveres de casa, minha porta, com uma pequena fresta aberta revelando uma pequena claridade vinda do corredor, e minhas roupas, que estavam jogadas perto da porta, empilhadas de um jeito preguiçoso. Olhei novamente para minha escrivaninha, meu relógio marcava 3:12 da manhã, eu imediatamente lembrei das histórias que já tinha cansado de ouvir, onde dizem que acordar ás três da manhã não era bom presságio, mas nada estava fora do normal, apenas estava tudo escuro. Me virei e tentei voltar a dormir, mas comecei a sentir a boca seca e resolvi me levantar para ir beber água.
Me sentei em minha cama, tentei esperar meus olhos se acostumarem à escuridão para me levantar, mas não adiantou muito. Fui tateando pela parede até sair do meu quarto, depois, meio sonolento desci até a cozinha para beber água. Aquela noite ainda parecia muito estranha, o silencio nos corredores era assombrador, e a luz que vinha pela janela da cozinha estava bastante tênue, mas estava muito mais visível que em meu quarto. Me direcionei à geladeira, bebi dois copos d’água e, cambaleando de sono, voltei para o meu quarto. Abri a porta desatentamente e fui em direção à minha cama quando, PAFT, tropecei na pilha de roupas que estava ali perto.
Um liquido espesso saiu do meu nariz e eu, ainda desorientado, olhei para o lado, onde vi a porta do meu armário aberta, todas as minhas roupas penduradas em cabides, as mesmas roupas que eu tinha visto jogadas no chão quando levantei, ou será que não era elas? Olhei para trás imediatamente, eu não conseguia enxergar a um palmo de distância do rosto, mas minha visão foi se adaptando ao escuro ao mesmo tempo que um vulto enorme começou se erguer do chão, exatamente do lugar onde vi a pilha de roupas no chão quando eu acordei.
História adaptada a partir de um dos contos do Creepypasta Brasil
Icaro Augusto
Sonhador nato desde pequeno, Designer Gráfico por formação e sempre empenhado em salvar o reino de Hyrule. Produtor de Eventos e CEO da Host Geek, vem lutando ano após ano para trazer a sua terra toda a experiência geek que ela merece.