Crítica | A Missy Errada (The Wrong Missy)

Nota
2.5

Tim Morris vai a um encontro às escuras, onde conhece Melissa (ou Missy), uma mulher completamente sem noção que o faz fugir imediatamente Algumas semanas depois, Tim conhece uma loira deslumbrante no aeroporto, com quem vive um tórrido romance, o que o leva a trocar telefone com a charmosa Melissa Doherty. Tim e Melissa começam a trocar mensagens, namorando a distancia, o que faz Nate, seu melhor amigo do trabalho, convencer Tim a chamar a garota para o retiro da empresa, onde algumas dinâmicas irão rolar e onde Tim estará disputando com Jess, apelidadda de A Barracuda, uma promoção na empresa. O homem gosta da ideia e chama sua namorada para acompanha-lo na viagem mas, quando encontra Missy no avião, Tim percebe que estava namorando a Melissa errada, ou melhor, a Missy Errada.

A Missy Errada é uma comédia romântica lançada pela Netflix em 13 de maio de 2020, dirigido por Tyler Spindel e produzido por Adam Sandler, o longa é claramente mais uma das produções do catálogo ‘vergonha alheia que nos faz rolar de rir’, que já é um elemento comum em diversas produções protagonizadas por Sandler. Preenchido com uma colcha de retalhos de cenas extremamente nonsense cômicas, o longa parece trazer diversos elementos comuns nos trabalhos anteriores de Sandler, mas sem a presença do ator e com muito menos graça. Os roteiristas Chris Pappas e Kevin Barnett abusam do constrangimento, que exala em cada uma das cenas protagonizadas por Laurean Lapkus, nos fazendo odiar o filme ao mesmo tempo que nos divertimos. A vítima da vez é David Spade, que é envergonhado do começo ao meio do filme, sendo extremamente babaca e vendo, aos poucos, uma doçura nas loucuras de Missy.

Fica claro do inicio ao fim que estamos vendo um filme do Adam Sandler, até por conta da participação de suas filhas (Sadie Sandler e Sunny Sandler) e a presença de Rob Schneider, o que prejudica a experiencia por nos fazer pensar que o Sandler pode aparecer em tela a qualquer momento, o que devo avisar que não acontece. O longa segue com suas tiradas vergonhosas, abusando de todos os elementos de filmes do Sandler, como o humor escatológico (por cenas nojentas) e o humor trágico (onde acidentes causam o humor), se tornando uma enorme controvérsia dentro do serviço de streaming, já que a comédia original da Netflix vem recebendo inúmeras críticas negativas nas redes sociais e, mesmo assim, conquistou o primeiro lugar do Top 10 Brasil e se manteve no topo por alguns dias, provando que nem as críticas negativas foram suficientes para impedir os espectadores de encontrar bons motivos para assistir a trama.

Fica claro no decorrer do enredo que Lapkus se jogou de verdade na bizarrice de sua personagem, mas também que Spade tem mais força como apoio do que realmente como um protagonista, afinal até Schneider se sobressaiu na comédia da trama e Spade não. O longa ainda deixa muito a pensar sobre sua presença no legado da Happy Madison, produtora de Sandler, nos deixando na dúvida se ele pode ser considerado um sucesso ou se unir à lista de fracassos que a empresa vem acumulando nos últimos dez anos. Apesar de o longa começar parecendo errado, e se desenvolver aos trancos e barrancos, fica claro que houve uma evolução na direção de Tyler Spindel, chamando atenção com sua comédia de situações forçadas, mesmo que ela acabe por ser uma comédia esquecível, que acerta no humor, mas deixa a desejar na trama. Mesmo com seu sucesso inicial, fica claro que A Missy Errada está condenada ao esquecimento com o tempo, sendo deixada de lado em meio às infinitas opções do streaming.

 

Sonhador nato desde pequeno, Designer Gráfico por formação e sempre empenhado em salvar o reino de Hyrule. Produtor de Eventos e CEO da Host Geek, vem lutando ano após ano para trazer a sua terra toda a experiência geek que ela merece.

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