Crítica | A Travessia (The Walk)

Nota
5

Na cidade de Paris, na França, Petit se vira da forma como pode, atuando com malabarismo e equilibrismo nas ruas e praças da cidade. Um jovem sonhador que busca por novas conquistas todos os dias, com planos que podem leva-lo para longe e principalmente a um sucesso momentâneo.

O Equilibrista Philippe Petit ganhou manchetes no mundo inteiro ao fazer uma travessia de 43 metros de forma ilegal sobre uma corda de aço presa ao topo das torres gêmeas, no ano de 1974 esses eram os prédios mais altos do mundo. Petit é rejeitado pelos pais, parece não se importar, então ele decide elaborar seus planos na cidade de New York, nos EUA.

Atravessar as torres gêmeas requer planejamento e treino, tudo é monitorado dentro de ambos os prédios pelo próprio Petit com o uso de diversos disfarces, mesmo conseguindo fortes aliados a ideia é um tanto arriscada. Diversas discussões e desavenças ocorrem durante o plano, porém Petit luta contra suas dúvidas para realizar a tão sonhada travessia e mesmo enfrentando diversos problemas no dia da realização do plano ele não desiste da ideia.

Toda execução da ideia requer extremo cuidado. Policiais rondando o espaço, cabos com dificuldade para serem erguidos e integrantes abandonando o plano é extremamente estressante para o Petit, porém ele não desiste da travessia mais perigosa de sua vida, afinal sair dos pequenos parques da cidade de Paris para a maior travessia de suas vidas em New York não poderia ser algo simples.

Diversas emoções ocupam o corpo do Petit durante suas ações. A leveza toma conta do seu corpo, porém a sensação de que a vitória possa chegar da o ar de toda coragem, então todos os seus medos vão embora e a única sensação que desperta sobre seu corpo e mente é a de realização.

A fotografia é composta pelos lindos parques da cidade de Paris, o sonho do Petit é atravessar as torres gêmeas, então o cenário é voltado para linda cidade de New York, onde os prédios dançam entre o céu e a iluminação se entrelaça numa tonalização de cinza com amarelo nos céus.

These Boots Are Made For Walking tem como principal função abrir o longa e dar o ar da graça como principal faixa da trilha sonora. Botas foram feitas para andar e o longa proporciona isso com base na transição de cidades saindo da França para os Estados Unidos.

A arte de realizar sonhos é algo que necessita de uma imensa coragem e de pessoas que possam dar apoio físico e mental. Tentar atravessar dois dos prédios mais altos da cidade que é constantemente movimenta pode parecer loucura, porém seja louco com as pessoas que você aprende a amar e confiar a sua volta. Exaustão, Conflitos e qualquer tipo de negatividade é apenas uma barreira que precisam ser derrubadas para obter total realização. A principal mensagem do longa é sobre nunca desistir de seus planos e sonhos, ser grato e agradecer a plateia que a vida lhe proporciona naquele momento.

 

Formado em Letras, atualmente cursando Pós-graduação em Literatura Infantil, Juvenil e Brasileira. Sentindo o melhor dos medos e vivendo a arte na intensidade máxima. Busco sentir histórias, memórias, escrever detalhes e me manter atento a cada cena no imaginário dos livros ou numa grande tela de cinema.

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