Crítica | Amor em Little Italy (Little Italy)

Nota
3

Antigamente, em Little Italy, um bairro italiano no Canadá, existia a Pizza Napoli, uma pizzaria admnistrada por Salvatore AngioliVincenzo Campoli, mas algo aconteceu para que os dois grandes amigos, quase irmãos, brigassem, o que resultou no nascimento de duas pizzarias rivais e uma inimizada de anos. Nikki AngioliLeo Campoli são melhores amigos desde que se entendem por gente, muito antes da briga entre seus pais começar, e acabaram se apaixonando um pelo outro, mas o tempo passou, e Nikki resolveu ir morar em Londres para cursar Gastronomia enquanto Leo se manteve no Canadá. Agora, às vésperas de conseguir o emprego dos sonhos, Nikki decide retornar à sua cidade, onde precisa encarar o passado deixado para trás e, principalmente, sua paixão não resolvida por Leo.

Criada por Vinay Virmani e dirigida por Donald PetrieAmor em Little Italy é uma clássica comédia romântica cheia de clichês e melodramas, o que parece transmitir muito do espirito italiano por trás do filme. Talvez pelo fato de abraçar os clichês, que fazem com que o espectador saiba exatamente o que vai acontecer no desenrolar do longa só por ler a sinopse, é que a produção escolheu construir a narrativa através da narração de uma Nikki e um Leo de algum ponto do futuro, entregando uma informação previsivel simplesmente para deixar claro que não se esforçará para esconder seu desfecho, o que abre as portas para o longa trabalhar muito mais profundamente no desenrolar da trama ao invés de ficar fingindo que quer contar uma nova história de amor.

No papel de Nikki, Emma Roberts traz todo seu carisma natural ao construir uma garota que está em busca de seus sonhos. Nikki abandonou Little Italy sem pensar duas vezes quando encontrou uma oportunidade de crescer, mas ela deixou muitas feridas abertas e mal curadas para trás, o que surge como principal catalizador da evolução que a personagem precisa ter no decorrer do enredo. Nikki só reconhece o primor da alta gastronomia londrina, e sua passagem pelo Canáda é quem a faz voltar a enxergar suas origens, sua herança e se redescobrir ao mesmo tempo que tenta resolver suas pendencias. Hayden Christensen infelizmente não está no mesmo tom de Roberts, bastante engessado na sua atuação, ele pode até ter uma boa quimica com sua co-protagonista, mas não contribui muito no bom desenrolar da história. O excesso de tramas e subtramas pode interferir momentaneamente, mas a forma como o roteiro foi aceitando seus clichês, e usando eles como seu maior mote, ajuda bastante a produção a agarrar o espectador.

Amor em Little Italy não reinventa a roda, mas pode ser uma boa pedida para quem gosta de uma comédia romantica bem agua com açúcar. Com direito a romance, diversão e muita pizza, o longa apresenta uma temática diferente para aquele romance de sempre, mantendo o alto astral e boa energia rondando o ar. Se está procurando um romance arrebatador que envolva e deixe querendo mais, talvez seja melhor procurar outras opções, mas para quem quer uma comédia descompromissada para passar uma tarde, talvez Amor em Little Italy possa valer a tentativa. Por haver alguns problemas no desempenho do casal protagonista, quem acaba ganhando espaço em tela são os avós, que conseguem expor uma relação secreta em meio a toda a briga entre as famílias e diversas situações muito engraçadas.

 

Sonhador nato desde pequeno, Designer Gráfico por formação e sempre empenhado em salvar o reino de Hyrule. Produtor de Eventos e CEO da Host Geek, vem lutando ano após ano para trazer a sua terra toda a experiência geek que ela merece.

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