Crítica | Animais Fantásticos: Os Crimes de Grindelwald (Fantastic Beasts: The Crimes of Grindelwald)

Nota
3.5

Nova York, 1927 a transferência mais importante do mundo da magia está acontecendo, Grindelwald (Johnny Depp) será realocado para pagar pelos seus crimes na Europa. Mesmo numa prisão de segurança máxima, o bruxo das trevas realiza uma façanha sem precedentes, uma fuga magnífica da MACUSA.

Três meses depois, Newt Scamander (Eddie Redmayne) está enfrentando sérios problemas. Devido aos acontecimentos na ilha de Manhattam, ele se encontra proibido de sair de seu país. Seu irmão Theseus (Callum Turner) tenta intervir e ajudar o magizoologista, a única condição para resolver o problema de Newt é que ele trabalhe no departamento que seu irmão chefia no Ministério da Magia Britânico.

Após a recusa, por seu grande medo de trabalhar em escritório e rever uma sombra do passado que está envolvida em sua vida, Newt se vê convocado por Dumbledore (Jude Law) para cumprir a missão que nem o próprio conseguiu: Deter Grindelwald de uma vez por todas. Animais Fantásticos: Os Crimes de Grindelwald, o segundo longa da franquia nos transporta mais uma vez para o mundo bruxo criado pela brilhante mente de J. K. Rowling.

Seguindo a deixa do primeiro longa  de expandir o universo mágico, o filme nos leva a mais locações, mostrando assim que não apenas uma localidade está ameaçada, mas o mundo inteiro. Continuando a apresentação de novas culturas para o público, além de revermos velhas conhecidas (como Nova York e Londres), também conhecemos o centro bruxo francês e suas peculiaridades, como a beleza estonteante presente nos mínimos detalhes do ministério francês, que encantam o espectador e o mergulham de cabeça no universo que a saga quer mostrar. Os efeitos especiais mais uma vez não deixaram a desejar (inclusive estão melhores que no filme anterior), criaturas cada vez mais realistas e magias muito mais intensas engrandecem a trama.

Eddie Redmayne conseguiu expandir a personalidade de Newt, mostrando-se cada vez mais próximo da humanidade e seus relacionamentos complexos. Zoë Kravitz finalmente nos apresenta Leta, uma mulher que carrega grandes traumas do passado. Katherine Waterston nos mostrou o quanto seu personagem evoluiu, aceitando cada vez mais que seu destino está ligado ao destino de Newt. Dan Fogler, assim como Eddie, conseguiu nos mostrar uma nova faceta de Jacob, mais dramático e preocupado com a segurança de Queenie, que está muito mais sombria após passar por grandes problemas.

Ezra Miller nos entrega um Credence mais confiante, tanto em si quanto em seus poderes, em parte a personagem de Claudia Kim, Nagini, o ajuda nesse processo e age como sua consciência. Jude Law nos apresenta um Dumbledore mais jovial e muito mais emocional, não esquecendo da essência do personagem que conhecemos e nos apegamos, a forma como ele fala de Grindelwald nos relembra as palavras dentro de palavras características do personagem. Johnny Depp mostra ao público um dos maiores (se não o maior) bruxos das trevas de todo o mundo mágico, um homem muito persuasivo, capaz de mover céus e terras para alcançar seus objetivos.

No geral, Animais Fantásticos: Os Crimes de Grindelwald é uma ótima sequência pois aprofunda cada vez mais as relações entre os personagens, além de nos entregar vários easter eggs durante a trama, obscurecendo a saga e adentrando a um novo e inexplorado mundo. O longa estréia no dia 15 de novembro de 2018.

 

Graduado em Biológicas, antenado no mundo geek, talvez um pouco louco mas somos todos aqui!

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