Crítica | Boneco do Mal (The Boy)

Nota
2

Tentando um recomeço na Inglaterra, após o termino de um relacionamento tóxico, Greta (Lauren Cohan) acaba sendo contratada, como babá, pelos Heelshire (Diana Hardcastle e Jim Norton), que aparentam estar em período de luto após a trágica perda do seu filho único. Logo a garota é apresentada a Brahms, que ela descobre ser um boneco de porcelana que o casal trata como se fosse o seu próprio filho falecido, o que, apesar de ela achar engraçado, acaba gerando uma terrível experiencia naquela residência mal assombrada.

Com a estrategia de usar um boneco para vender a imagem do longa, seguindo os sucessos de Chucky e Annabelle, Boneco do Mal entra para as sagas onde bonecos perturbadores se tornam o protagonista de um terror bem atrativo que, com a direção de William Brent Bell, se inicia mostrando a existência de forças sobrenaturais ao redor do boneco. Todo o conceito é introduzido a partir de Malcolm (Rupert Evans), o entregador que fornece as maiores informações sobre o passado do garoto, ao conhecer Greta, mas a verdadeira história por trás de todo o terror, e as influencias que assombram o boneco, só nos são expostas após meados para o final do longa, trazendo consigo o despertar de uma reviravolta um tanto empolgante, junto com a revelação dos segredos ocultos que o casal possui.

Os diálogos fluem de forma engajada durante o decorrer da trama, devido a seu elenco muito bem escolhido, que entrega uma atuação sincronizada e de qualidade, abrilhantando assim um pouco mais a história, que demora em se esclarecer e ter seu desfecho principal. O filme soa como um horror genérico, surtindo um efeito tardio após pequenos jump scares, mesmo que esteja sempre na tentativa de mostrar que veio para ser um terror psicológico. O longa traz a clássica atmosfera sombria que é sempre composta por uma casa com um rico histórico, efeitos sonoros clichês e sustos que, as vezes, são previsíveis.

Nem mesmo Lauren, conhecida por seu papel em The Walking Dead, consegue ser a salvação do filme, o carregando nas costas, com todos os momentos de angustia e tensão que protagoniza. A produção acaba chegando a um final que deixa a desejar, tendo diversos fatores que provam uma tentativa desperdiçada, e preguiçosa, de deixar um legado no universo cinematográfico do terror.

 

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