Crítica | Cinco Evas e um Adão (Head Over Heels)

Nota
4

Amanda Pierce é uma restauradora de arte que é apaixonada pelo renascimento, e tudo muda em sua vida quando ela chega em casa e encontra seu namorado na cama com uma modelo de lingerie. Desiludida ela está em busca de uma nova moradia, e acaba encontrando um anuncio para dividir apartamento com quatro modelos.

Como se não bastasse ter que lidar morar com quatro modelos, ela acaba conhecendo Jim Winstom, um executivo do ramo da moda que deixa as suas pernas bambas, mora no apartamento em frente a sua janela e costuma passear pelo bairro com Hamlet, um cachorro tarado, que tem a péssima mania de pular encima das mulheres. E é para garantir esse romance que as modelos se juntam para ajudar Amanda, que está louca por ele, mas durante a fixação de o observar pela janela vê ele matando uma mulher.

A comédia romântica diverte bastante, principalmente pela interação das modelos com o mundo. Vemos Amanda conhecendo mais desse mundo onde todas as noites há uma fila de homens torcendo para levar as garotas a restaurantes, dar presentes e pagar a conta. Nela vamos, junto com Amanda, começando a desvendar a personalidade de Jim e a ver suas três faces: o homem desprendido por quem ela se apaixonou, o executivo esnobe que ele se torna no ambiente de trabalho, e o misterioso homem que ele assume quando está sozinho ao telefone, com um ar perigoso e decidido.

Monica Potter é um pouco confusa em seu papel, talvez inocente demais ou pessimista demais, mas é o perfeito papel da mocinha vilã de comédia romântica, aquela que é a protagonista mas ao mesmo tempo é a pessoa que mais empata o relacionamento de engatar, ela tem um papel legal de protagonista, atua bem, mas exagera nas carateristas e na atuação. Já Freddie Prinze Jr faz o papel do cara fofo e avassalador, ele nos faz desejar que a Amanda largue todo esse medo e fique logo com ele, mesmo depois que o assassinato acontece, é impossível ver nele algo de errado.

A maior parte da comedia fica a cargo das modelos. Temos Sarah O’Hare como Candi, a modelo novata que além de ser bem tapada, vive citando o assedio que sofria de seu tio na fazenda onde morava e vive passando por cirurgias para melhorar seu rosto. Por outro lado temos Shalom Harlow como Jade, a artista da casa, ela mostra seu talento para a fotografia e acaba sendo uma das que menos se destacam. Ivana Milicevic é Roxana, a modelo russa durona e que é mais ousada, que acaba sendo a que mais joga Amanda para Jim. Por fim temos Tomiko Fraser como Holly, a que tem o maior ar de liderança, é a que apresenta a casa a Amanda e acaba sendo a que mais acredita na ideia do assassinato e se dedica a desvendar esse segredo.

Ver as garotas transportando Amanda para seu mundo de glamour, é divertido, ver o Freddie sendo o mocinho de comédia romântica perfeito é gratificante, mas ver a Monica forçando a barra no pessimismo e alongando o filme desnecessariamente, é cansativo. Talvez o maior problema seja o roteiro da Amanda, ou talvez o maior problema seja o fato de se ter pensado numa trama boa demais para ter construído sua personagem de uma boa forma.

 

Sonhador nato desde pequeno, Designer Gráfico por formação e sempre empenhado em salvar o reino de Hyrule. Produtor de Eventos e CEO da Host Geek, vem lutando ano após ano para trazer a sua terra toda a experiência geek que ela merece.

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