Crítica | Crô – O Filme

Nota
3

Depois de herdar a fortuna de sua ex-patroa Tereza Cristina, Crô (Marcelo serrado) está cansado de viver milionário e disposto a encontrar uma nova patroa para que possa dedicar sua vida. Crodoaldo Valério entra em uma busca pessoa e faz entrevistas com várias peruas para encontrar a patroa ideal, que seja melhor qualificada para que ele possa servir como mordomo, assim como fez com sua antiga patroa. Após muitas avaliações acaba percebendo que sua musa ideal é justamente aquela que jamais havia imaginado.

Após algumas entrevistas, crô finalmente decide visitar uma de sua suposta escolhida e se depara com uma realidade além do que imaginava, o cenário mais injusto e cruel de diversas Bolivianas sendo escravizadas. No meio de tudo isso Crô é tocado de forma especial por uma garotinha, filha de uma das bolivianas que trabalhava costurando durante todo o dia, uma garota esperta que tentava algum tipo de fuga todos os dias para tentar uma nova vida com a mãe.

Após conquistar o publico na novela “Fina estampa”, Crô e Baltazar “Zoiudo” ainda vivem diversos momentos engraçados. O longa é totalmente voltado para as famílias então a ideia é que todo o ciclo deixado em aberto na novela se feche trazendo uma temática mais ainda relevante que a mensagem deixada ultimo capitulo da novela.

O longa conta com diversas parcerias especiais que fizeram total diferença durante o filme. Ivete Sangalo, Ana Maria Braga e Gabi Amarantos trouxeram um pouco de suas graças e alegrias para dar à luz a uma comédia maravilhosa. Toda equipe de participação mostrou-se eficiente e trabalharam bem para dar vida aos seus personagens.

Contudo, mesmo com uma forte mensagem sobre tráfico de pessoas e trabalho escravo, o longa não explora muito essa questão, porém ao ver a produção pode-se entender a importância que o assunto tem em diversas partes do mundo, podendo assim ser evitado com certos tipos de instruções.

A fotografia se passa na incrível mansão que Crô vive com seu segurança/motorista e sua empregada. Também conta com um Galpão onde os vilões Riquelme (Milhem Cortaz) e Vanusa (Carolina Ferraz) mantem as pessoas que são traficadas para realização do trabalho escravo.

A música “Haja amor” do Luiz Caldas é uma das principais escolhidas para a trilha sonora do longa, toda a situação envolvendo essa canção vem de um sonho que Crô teve e com isso voltou a ideia de o mesmo voltar a ser mordomo, ser submisso a suas futuras patroas.

O longa tratou de assuntos polêmicos, contudo toda a abordagem a esses assuntos não foi relativamente favorável, pois o tema foi tratado como comédia, o que para muitos pode ter sido uma considerada falta de respeito ao tema envolvido.

Feito para a família, o longa passa uma mensagem considerada boa, porém não possuindo uma forte qualidade para causar um grande impacto nos expectadores, o tema proposto deveria ser aprofundado e devidamente trabalhado para que assim o longa pudesse ter um caminho direto a percorrer e fazer sentido.

 

Formado em Letras, atualmente cursando Pós-graduação em Literatura Infantil, Juvenil e Brasileira. Sentindo o melhor dos medos e vivendo a arte na intensidade máxima. Busco sentir histórias, memórias, escrever detalhes e me manter atento a cada cena no imaginário dos livros ou numa grande tela de cinema.

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