Nota
Tentando resgatar Taylor (Charlton Heston), que desapareceu na missão anterior, Brent (James Franciscus), um outro astronauta, atravessa uma fenda do tempo e chega até 3955 D.C., porém sua nave se espatifa no mesmo planeta em que Taylor desapareceu. Ao ir para a Zona Proibida, Brent gradativamente vê os escombros de Nova York ao mesmo tempo que, paralelamente, os símios resolvem atacar a Zona Proibida, onde Brent descobre uma raça de mutantes que se comunicam telepaticamente e adoram uma bomba atômica.
A sequência de uma longeva franquia sobre símios ganhou sua continuação em 1970, sob direção de Ted Post. Para um público já acostumado a ambientação de ficção cientifica, este pode ser o pior filme do ínicio da franquia, apesar de trazer alegorias interessantes sobre religião, cultos, seitas e devoção a ideias e princípios. O filme se inicia com Taylor explorando a região com Nova (Linda Harrison), até que Taylor acaba sumindo do mapa, deixando Nova desamparada até encontrar o personagem que vai assumir (ou tentar) o protagonismo do filme: Brent, único sobrevivente da outra nave americana que pousou naquele tempo e que está a procura de Taylor.
Quando o filme começa a explorar a comunidade formada pelos humanos mutantes, todo o desenvolvimento se torna fraco, com a história girando em círculos que não é interessante para fazer quem está assistindo se interessar. Com apenas 1h35 de duração, o filme parece ter um desenvolvimento apressado, deixando no ar uma sensação de que falta algo, seria carisma? Uma historia melhor contada? Talvez um pouco de tudo.
A repetitiva jornada de Brent, que parece nos fazer ver novamente algo que já foi contado, também pode ser acrescentada na lista de defeitos. Já para o ato final do filme, reserva uma insossa disputa entre os protanistas para impedir humanos e macacos de ativar um artefato com poder destrutivo que nenhuma das civilizações atuais conhece de fato, e que é capaz de matar qualquer tipo de vida que possa ter sobrevivido após esses 2.000 anos, levando a uma conclusão da trama do filme que não é nada satisfatória. Apesar de De Volta ao Planeta dos Macacos ser importante para a história da franquia como um todo, ele é o mais fraco de uma forma geral, provando que produzir um filme que se apoia só em ação não funciona, é preciso trazer uma história bacana junto.
Daniel Pereira
Jornalista, torcedor do Santa Cruz e do Milan, Marvete, ouvinte de um bom Rock, uma boa leitura acalma este ser pacífico.