Crítica | Deslize (Swiped)

Nota
1

Quando James Singer, um gênio da computação, chega em seu primeiro dia da faculdade de Ciências da Computação, fica claro que ele é uma aluno extremamente acima da média esperada na instituição, o que faz o garoto ter uma dificuldade em se enturmar, mas isso muda quando Lance Black, seu colega de quarto, resolve criar o melhor aplicativo de namoro já feito e convoca James para programar esse projeto.

No mundo da pegação por aplicativo, todos sabem claramente que não existe um aplicativo verdadeiramente de namoro, mas sim diversos aplicativos de sexo que podem evoluir para uma relação ou não. Quem não conhecer o Tinder que nasça novamente, pois o aplicativo onde se desliza fotos para o lado, onde fotos de roupa intima servem para impulsionar seus ‘matchs’ e onde o máximo que você pode saber é o primeiro nome, ou as vezes nem isso, resumindo, o aplicativo que conhecemos no filme é claramente o famoso Tinder, e é animador ver a forma como um aplicativo que já é comum na vida de tanta gente pode ganhar um filme tão reflexivo.

Escrito e dirigido por Ann Deborah Fishman, o longa pode parecer em muitos momentos com uma versão Tinder de A Rede Social, mas essa não é uma biografia, estamos aqui para ver uma comédia teen com romance água com açúcar e parodias criticas à nossa vida superficial. Vemos em James o claro clichê do nerd tímido e cheio de potencial que se apaixona pela garota inalcançável, enquanto Lance é o pegador aproveitador que vê uma oportunidade de se dar bem. Mas, como era de se esperar, a dupla acaba passando por uma maravilhosa evolução no decorrer do longa, dando a chance de Lance rever seus atos e James ter coragem de correr atrás de Hannah.

Ann foi desafiadora ao fazer o dito projeto para a Netflix, principalmente quando pegou Noah Centineo, o queridinho dos romances teen da empresa de streaming, e colocou como principal ‘antagonista’ do longa. Desconstruir Noah em um pegador desprezível que menospreza as mulheres foi uma tarefa e tanto, mas ao mesmo tempo uma ideia genial, pegar um galã que deixa tantas garotas suspirando e mostrar seu lado sombrio faz o longa ser ainda mais gostoso de assistir. Tudo isso faria o filme ser excepcional, mas como eu disse anteriormente, o filme é um romance água com açúcar, e devo adicionar que ele tem água demais, o que faz a experiencia ser aguada, vazia e sem tanto gosto, fraquejando num roteiro que parece deixar o romance em segundo plano e se perde demais enquanto foca no aplicativo, dando tanta enfase no mesmo que chega a ter momentos onde não tem mais o que falar e fica enrolando.

 

Sonhador nato desde pequeno, Designer Gráfico por formação e sempre empenhado em salvar o reino de Hyrule. Produtor de Eventos e CEO da Host Geek, vem lutando ano após ano para trazer a sua terra toda a experiência geek que ela merece.

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