Crítica | Doce Lar (Sweet Home Alabama)

Nota
4

Melanie Carmichael é uma jovem estilista em ascensão e namora Andrew Hennings, filho da atual prefeita de Nova York e que está se enveredando pelos caminhos da politica, mas seus planos mudam no momento que ela é pedida em casamento, o que a faz ter que viajar em segredo até suas origens, no Alabama, para corrigir algumas pendencias do passado. Melanie fugiu muito jovem do Alabama e deixou para trás Jake Perry, seu marido, que nunca assinou o pedido de divorcio e sempre enviava o documento de volta sem assinaturas, ela então precisa voltar a sua cidade de origem e reencontrar sua paixão de infância e finalizar a historia que viveram para poder viver feliz com Andrew. Mas será que Melanie está pronta para rever tudo do que ela fugiu?

Doce Lar é uma clássica comédia romântica cheia de clichês, e é justamente isso que nos faz gostar dela, todo o saudosismo que a trama nos remete quando vemos a clássica historia da mulher que precisa lidar com seu passado e acaba tendo que repensar sua vida e, principalmente, repensar seus conceitos de amor é ideal para sentar no sofá e curtir uma noite fria comendo pipoca, não é uma produção suficiente para nos fazer correr para assistir mas é agradável a ponto de nos tocar. Melanie era uma das lideres do bando interiorano, realizadora das maiores contravenções por diversão, sendo uma lenda na cidade ao colocar um gato com explosivos dentro do banco da cidade, ou por roubar os peixes das fazendas vizinhas, ou até por fazer pegadinhas com os fazendeiros locais, mas o tempo passou e ela se tornou uma clássica madame esnobe da capital, e é incrível como Reese Whiterspoon consegue expressar bem todas essa facetas, mostrando o quanto a protagonista pode ser esnobe e nariz em pé e o quanto ela pode mudar quando repensa seus valores.

Do outro lado do romance está Josh Lucas no papel de Jake, que se apaixonou por Melanie ainda criança e protagonizou com ela uma singela historia de amor, com direito a pedido de casamento aos 10 anos de idade e casamento ao fim do colegial, uma linda história que acabou no momento em que Melanie cansou do interior e fugiu para recomeçar sua vida na metrópole nova iorquina. Jake amou Melanie intensamente e dedicou seus dias, após a partida da garota, a se tornar um homem famoso e bem sucedido a ponto de poder ir viver em Nova York e dar à Melanie o que ela queria, mas o tempo não jogou ao seu favor e sua chance desapareceu no momento que ele a encontrou na porta de sua casa exigindo o divorcio para se casar com outro. Josh consegue se sair bem no papel misterioso que lhe foi dado, já que Jake esconde um segredo e ficamos o filme inteiro na busca por entender o que o homem possui que possa ser capaz de mudar a vida de Melanie, ficamos vendo toda a transformação que Melanie passa e o jeito que o ator emprega ao seu personagem parece ser completamente harmônico a toda a evolução que o longa pede para ele possuir.

No fim das contas, a produção é muito mais sobre sair de casa, sobre o quanto mudamos quando saímos do leito de nossos pais, ou do estado em que nascemos, e o quanto a volta para casa pode ser impactante, ao percebermos que pode ser que não pertençamos mais àquele lugar ou, de forma tão louca, o quanto estamos errados ao pensar que mudamos tanto que não somos mais aquela pessoa que saiu daquele lugar a anos atrás. Um filme sobre reencontrar suas raízes, reencontrar seus princípios e reencontrar o amor.

 

https://www.youtube.com/watch?v=NedUY6UhxIY

Sonhador nato desde pequeno, Designer Gráfico por formação e sempre empenhado em salvar o reino de Hyrule. Produtor de Eventos e CEO da Host Geek, vem lutando ano após ano para trazer a sua terra toda a experiência geek que ela merece.

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