Crítica | Doidas e Santas

Nota
2

Beatriz é uma terapeuta famosa, que escreve vários livros sobre felicidade e relacionamento, e, depois de passar 20 anos num casamento seguro, ela percebe que não é feliz e decide mudar de vida se divorciando e passando a experimentar um mundo até então desconhecido.

Para isso ela acaba contando com muitas ajudas, como Valéria (Flávia Alessandra), sua vizinha que tem o marido perfeito mas não se sente satisfeita, Elda (Nicette Bruno), sua mãe louca que faz diversas coisas sem pé nem cabeça enquanto se aventura loucamente, e Berenice (Georgiana Góes), sua irmã que vive de ser ativista e indo a gurus no meio do mato. Tudo isso obviamente vai tirar de Beatriz toda a sanidade e faze-la viver inúmeras aventuras na busca pelo verdadeiro significado de felicidade.

Uma bela historia que fez sucesso nos palcos de teatro com a peça de Regiana Antonini, peça essa que é uma adaptação da obra composta de várias cronicas escrita por Martha Medeiros. Duas fontes de sucesso que garantiriam um sucesso certo ao filme, mas eis que o filme precisa de direção. Paulo Thiago fez fama antes dos anos 200 com adaptações de clássicos, mas talvez ele não tenha uma mão suficiente para fazer um filme para o cinema atual, e isso fez com que Doidas e Santas fosse um longa extremamente mal dirigido, ele não traz aquela comédia gostosa onde rimos das situações vividas, mas que traz algo tão artificiais que acabamos por rir ao sentir a vergonha alheia.

Claro que nada foi culpa do elenco, até por que Maria Paula se esforça demais, quando pega boas falas, ela consegue mostrar toda a fragilidade e confusão de sua personagem, mas nem isso é capaz de melhorar a trama obvia que temos, talvez nem a mega atuação de Nicette Bruno, que consegue ser a mãe divertida e nos cativar a rir em certas cenas, ou o desleixo característico da personagem de Georgiana Góes fosse suficiente para salvar um filme que estava fadado ao insucesso.

Talvez expectativa fosse um grande problema do longa, afinal ver a adaptação de um texto da Martha Medeiros, que é tão provocativa principalmente quando o assunto são as questões femininas contemporâneas, já gera um ansiosidade, e somar isso ao protagonismo de Maria Paula, que desde Casseta & Planeta já mostrou que não tem medo de sair do convencional e consegue ser versátil e cativante, além de engraçada, estava claro que tínhamos chances de ver algo a nível das comédias românticas hollywoodianas. Mas infelizmente não rolou, nada parecia real, temos uma vizinha exagerada, uma irmã ativista caricata, e um espirito feminino louco, mas que não foi louco na medida certa para entendermos a trama e fugir do clichê.

 

Sonhador nato desde pequeno, Designer Gráfico por formação e sempre empenhado em salvar o reino de Hyrule. Produtor de Eventos e CEO da Host Geek, vem lutando ano após ano para trazer a sua terra toda a experiência geek que ela merece.

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