Crítica | Dragon Quest: Your Story

Nota
5

“Há muito tempo, os celestiais zenithianos reuniram suas forças para aprisionar o maligno Nimzo em Nadiria…”

Quando Luca, o filho do Rei Pankraz e da Rainha Mada, nasceu, sua mãe acabou sendo raptada por monstros, o que fez pai e filho entrarem em uma jornada para salvar a mulher, uma jornada que levou Luca a conhecer a doce Nera, filha de Rodrigo, e a valente Bianca, que lutou ao seu lado e o convenceu a adotar Purrcy, um gato abandonado de uma cidade. Seguindo a jornada em busca de sua mãe, sendo treinado por seu pai e acompanhados de Sancho, Luca acaba presenciando seu pai morrer em Coburg, pelas mãos de Ladja, que transforma o garoto em escravo junto ao Príncipe Harry.

Quando Luca e Harry conseguem fugir da prisão de Ladja, no Monte Azimuth, eles acabam sendo abrigados pelo Dr. Agon, que os conta que está espionando o templo de Ladja, de onde percebeu que os planos do vilão de abrir os portões de Nadiria para libertar seu mestre, Nimzo, para voltar a reinar como o mal supremo. Agon conta ainda que está há anos em busca do Herói Celestial, o único ser capaz de impedir os planos de Ladja, o último descendente dos zenithianos que aprisionaram Nimzo, o único capaz de empunhar a Espada Zenithiana, mas será que esse herói é realmente Luca? Depois de reencontrar vários amigos do passado, e de formar um novo grupo com Purrcy, Bianca e Gootrude, o garoto inicia sua jornada em busca da lendária espada para finalmente ser capaz de cumprir seu destino, resgatar sua mãe e salvar seu mundo. Mas o que aconteceria se o herói lendário fosse a pessoa que menos se espera?

Nascido da adaptação do enredo de Dragon Quest V, de 1992, Dragon Quest: Your Story já se inicia com belas pulos temporais dentro da trama dos jogos, com rápidas imagens de gameplay do jogo de 92, e nos apresentando vagarosamente a premissa do jogo e nos dando a base que, sutilmente, transita até a animação em CGI da qual o longa é feito. Passando rapidamente por três marcos temporais, vemos três épocas diferentes serem explicadas com tempo suficiente para apresentar todos as tramas e sub-tramas essenciais para o desenvolvimento do plot principal, nos envolvendo em cada época e sempre deixando claro a necessidade da cada passagem de tempo e cada alteração no mundo ao redor de Luca. A trama, que livremente se inspira no jogo, torna todo o enredo do jogo muito mais simples, sendo direto em várias situações e dando a Luca o total protagonismo da trama, mesmo que ele não seja o herói da profecia.

Como se toda a nostalgia não bastasse, o longa dirigido por Takashi Yamazaki quebra completamente o conceito adaptativo do longa, quebrando o enredo de uma forma surpreendente e nos levando a um plot twist tão ensandecedor que nos joga de cabeça numa quebra de conceitos inesperada. O destino de Luca, que inunda nossa tela com as nostalgia, brinca com nossos conceitos e nos leva a um final original, que nos faz rever todo o conceito da trama, brinca com todos os fãs da franquia e dá uma piscadela com o futuro, brincando até com os conceitos de remasterização dos jogos.

Para aqueles que concluíram essa singela experiencia, o titulo do filme ganha até um novo conceito, um novo significado muito mais forte e emocionante, assim como as novas motivações de Luca se tornam tão mais carismáticas e contagiantes. A produção faz uma brincadeira tão arriscada, que é capaz de subir no conceito de qualquer pessoa só por conta de seu final incomum e, verdadeiramente, imprevisível.

“Cresça, seu otário!”

 

https://www.youtube.com/watch?v=w0XXRYp6l7o

Sonhador nato desde pequeno, Designer Gráfico por formação e sempre empenhado em salvar o reino de Hyrule. Produtor de Eventos e CEO da Host Geek, vem lutando ano após ano para trazer a sua terra toda a experiência geek que ela merece.

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