Crítica | Frozen: Uma Aventura Congelante (Frozen)

Nota
5

“A neve branca brilhando no chão, sem pegadas pra seguir. Um reino de isolamento e a rainha esta aqui. A tempestade vem chegando e já não sei. Não consegui conter, bem que eu tentei…”

Elsa e Anna sempre foram muito ligadas, ao menos na infância. As irmãs viviam em perfeita harmonia no Reino de Arendelle, até que um pequeno acidente mudou de vez suas vidas. Elsa nasceu com dons especiais, podendo moldar o gelo e a neve a seu favor, mas durante uma das inúmeras brincadeiras com a irmã, ela acabou atingindo a pequena Anna e colocando sua vida em perigo. A partir desse dia, Elsa passou a reprimir seus poderes e se isolar do mundo e, principalmente, da sua irmã.

Anna nunca conseguiu entender o motivo do afastamento da sua irmã, e qual o motivo do isolamento do castelo para com seu povo. Sozinha no mundo e longe de sua preciosa família, Anna sonha com o dia que os portões finalmente estarão abertos para receber mais uma vez o mundo e mudar de vez sua vida. Mas um trágico infortúnio mexe de vez com a paz de Arendelle, isolando ainda mais as irmãs e transformando Elsa na Rainha regente.

Durante a coroação, Anna vê seus maiores sonhos se tornar realidade enquanto Elsa tem que lidar com seus medos e inseguranças. O destino das duas colide de forma devastadora quando a rainha regente perde o controle sobre seus poderes em frente de todo o reino, por isso foge desesperada para a montanha do norte, aprisionando Arendelle num inverno eterno. Agora, cabe a Anna convencer a irmã a reverter a maldição e trazer mais uma vez esperança ao reino congelado.

Em meados de 2013, chegava ao cinema uma das obras mais congelantes do Walt Disney Animation Studios, uma obra que ganhou o titulo imediato de Clássico da Disney e, mais uma vez, trouxe os estúdios a um novo patamar. Frozen: Uma Aventura Congelante reconta o clássico conto da Rainha da Neve, de Hans Christian Andersen (mesmo autor do conto que inspirou A Pequena Sereia, que salvou o estúdio de uma falência iminente. Coincidência? Acho que não!). O projeto esteve em desenvolvimento por mais de 74 anos nos estúdios até que enfim conseguiu o modelo ideal para contar a história clássica de Andersen. Em meio a transformações, mudanças de personalidades e enredo, chegamos a uma obra sobre o cerne da Disney: a família.

Não que Frozen seja o pioneiro no assunto, mas ele é o resultado de anos de evolução no estúdio, abordando temas precisos e presentes que encantam o espectador e nos liga imediatamente com seus personagens, além de possui e um dos melhores plots de animação que na vi na vida. Os personagens têm uma profundidade impar e são tão empáticos que não impressiona o marco que fizeram com o público e com a critica. Passamos pelo doce Kristoff (Jonathan Groff), que ganha vida vendendo gelo e tem amigos um tanto quanto peculiares, que entendem sobre amor. O jovem se mostra muitas vezes ser a voz da razão e muda a visão do público a alguns acontecimentos da trama, tornando ela mais intensa e cativante.

Temos o Príncipe Hans (Santino Fontana), que, por muitas vezes, parece espelhar o comportamento sutil dos personagens ao seu redor, trazendo um leve incômodo ao espectador. Sven é uma divertida Rena que expressa tanto sem dizer ao menos uma palavra durante todo o longa e ao magnífico Olaf (Josh Gad no original e Fábio Porchat na dublagem brasileira) que rouba cada uma das cenas na qual participa. Divertido, bobo e alegre, o boneco de neve tem as melhores tiradas do filme, faze do com que você se importe com o carinhoso e inocente personagem, que deseja mais do que tudo trazer o verão de volta e manter seus amigos por perto.

E chegamos a dupla que carrega o protagonismo do filme. Anna (Kristen Bell) é alegre e boba. Como uma típica adolescente, ela deseja mais, conhecer mais e, quem sabe, encontrar um amor encantado que possa transformar sua vida. Repleta de amor, ela sempre procura ver o melhor nos outros e resolver todos os seus problemas, mesmo sem entender direito o que os causou. Enquanto Anna é repleta de amor, Elsa (Indina Mendel) é regida pelo medo. Sendo a mais complexa das personagens, ela passa por um grande crescimento pessoal durante a trama. Não existem palavras para descrever o quão gratificante é a cena em que a personagem finalmente se liberta de suas amarras e decide ser quem é, sem nenhum medo ou restrição. Desculpe, Anna, mas Elsa consegue encantar e se ligar intimamente com o espectador.

Com um visual impecável e uma animação de dar inveja, Frozen tem cenas memoráveis e, como era de ser esperar, músicas incríveis. Seja pela tocante Do You Want Built a Snowman? ou pela divertida Love is a open Door, passando pelo humor negro em In Summer e, por fim, culminando na obra-prima denominada Let it Go (ganhadora do Oscar de Melhor Canção Original), Frozen consegue se consagrar como uma das melhores animações da nova era da Disney. Não é à toa que também levou a estatueta de Melhor Animação.

Emocionante, cativante e cheio de leveza, Frozen: Uma Aventura Congelante brinca com o próprio estúdio e traz questionamentos louváveis para uma nova era, cativando uma legião de fãs e mostrando que somente um ato de amor verdadeiro pode aquecer até o mais congelado dos corações.

“Aqui estou eu, vendo a luz brilhar. Tempestade vem… O frio não vai mesmo me incomodar..”

Preso em um espaço temporal, e determinado a conseguir o meu diploma no curso de Publicidade decidi interagir com o grande público e conseguir o máximo de informações para minhas pesquisas recentes além, é claro, de falar das coisas que mais gosto no mundo de uma maneira despreocupada e divertida. Ainda me pergunto se isso é a vida real ou apenas uma fantasia e como posso tomar meu destino nas minhas mãos antes que seja tarde demais...

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