Crítica | Gantz: O

Nota
4

Masaru Kato era um bom garoto, ele acabou sendo morto por um maniaco no metrô ao tentar proteger um senhor de idade, mas ele recebeu uma nova chance, ele foi ressuscitado como parte dos soldados de Gantz. O jovem acaba acordando, depois de morto, num quarto com uma esfera negra no centro, e acaba descobrindo sobre Gantz, como é chamada a esfera, uma entidade que seleciona guerreiros para defender Tóquio da invasões de monstros de origem desconhecida.

O sistema de Gantz é como um jogo de sobrevivência, ele dá uma missão e um tempo, e cabe a sua equipe destruir esse monstro dentro do prazo, quem morrer durante o jogo, não voltará, se o time não cumprir o objetivo, não voltará, e ao final de cada jogo, cada soldado recebe uma pontuação, cumulativa, do seu desempenho na rodada. O grande objetivo do jogo é chegar aos 100 pontos para ganhar as 3 opções especiais: ganhar armas melhores, ressuscitar um soldado que não retornou ou sair do jogo e esquecer de tudo o que viveu, regras simples mas que são capazes de iniciar um longa e dura jornada de Masaru.

Tudo piora ainda mais quando a equipe de Tóquio acaba sendo enviada para Osaka, um local com muito mais monstros e que é defendido por uma equipe de elite, gerando uma concorrência enorme pela sobrevivência e pelas pontuações. É clara a diferença das equipes de Tóquio e de Osaka, o que nos faz nos apegar mais facilmente no quarteto de Tóquio, composto por Masaru, a corajosa Reika, o paternal Suzuki e o estressado Nishi, uma equipe totalmente oposta aos mercenários de Osaka, mesmo que ainda possamos nos apegar à solidaria Anzu Yamasaki durante a intensa, e aparentemente interminável, batalha de Dotonbori.

O maior problema do longa é com certeza o fato de ele adaptar o arco Nurarihyon Alien, que se encontra na fase Katastrophe, a segunda fase do mangá, o que o que prejudica bastante àqueles que não conhecem a premissa de Gantz e precisam entender tudo em poucos minutos antes de pegar a parte mais intensa da trama do mangá se desenrolar na tela mas, com muito esforço, é possivel entender. De certa forma, o longa se torna sensacional para os que já conhecem a premissa ou já leram os mangás, apesar de o roteiro se tornar fraco em certos pontos, e o fato de ficarmos o longa inteiro numa única missão torna tudo muito cansativo, por outro lado, os detalhes do CGI, as batalhas contra os monstros, a construção das criaturas, tudo isso é impecável. O longa concentra o que há de melhor no mangá, de forma a criar um filme limpo e que vai direto ao ponto, complementando bastante a trama para quem viu os live actions ou a animação, com movimentos bem naturais e um traço um tanto fiel ao mangá. A dublagem brasileira é outra maravilha, dando o tom exato de cada personagem e casando bem com o que poderíamos esperar ouvir.

 

Sonhador nato desde pequeno, Designer Gráfico por formação e sempre empenhado em salvar o reino de Hyrule. Produtor de Eventos e CEO da Host Geek, vem lutando ano após ano para trazer a sua terra toda a experiência geek que ela merece.

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