Crítica | High School Musical 2

Nota
5

“What time is it?
Summertime!
It’s our vacation.

What time is it?
Party time!
That’s right, say it loud…”

Enquanto contam os segundos para o que esperam ser o melhor verão de suas vidas, os alunos do East High se prendem na ponta da cadeira e observam o grande relógio pendurado atrás do  monólogo idealizado pela Sr. Darbus. Após se verem livres das obrigações escolares, os Wildcats veem um problema em comum: a falta de grana. Após receber uma ligação surpresa, Troy tem a chance perfeita de salvar o verão de todos.

Após a ligação inusitada de Thomas Fulton, gerente geral do Lava Springs, um luxuoso resort em Albuquerque, o Capitão do time vê a oportunidade de arranjar o emprego de verão perfeito para ele e seus amigos conseguirem o tão sonhado emprego de verão. O que eles não contavam é que o resort pertencesse à família fabulosamente rica de Sharpay e Ryan Evans. Ao encararem a triste realidade, os amigos se sentem desanimados com o resto do verão. É aí que Troy decide levantar o animo e manter o grupo unido; afinal, juntos eles conseguem superar tudo.

Enquanto tentam lidar com o excesso de trabalho, as imensas cobranças e o estresse constante, Troy e Gabriella descobrem por meio de Kelsey o show de talento anual que o resort proporciona. Mas os verão pode despertar o melhor e o pior de todos, e, quando o ego inflamado de um personagem inesperado começa a ameaçar a amizade e o amor de nossos protagonistas, o verão dos sonhos pode estar condenado e mudar tudo de bom que foi construído ate aqui.

Após o sucesso estrondoso do primeiro filme, a Disney Channel faz uma aposta grande e traz uma continuação um ano depois do primeiro volume da trilogia. High School Musical 2 pegou todos os acertos do primeiro longa, ouviu as críticas e aprimorou seu conteúdo. Kenny Ortega mostra aqui que consegue, sim, construir uma sequência melhor que a original, o que infelizmente não acontece com muitas tramas de filmes do canal (estou falando com você, Camp Rock 2).

Os dramas adolescentes ainda estão presentes, mas o senso cômico se mostra mais presente e marcante, trazendo um ar mais leve e agradável ao longa. Isso possibilita um crescimento maior em personagens esquecidos no primeiro filme e a cenas mais coloridas e divertidas que encantam o telespectador. As coreografias mais marcantes e a música memorável parecem engrandecer ainda mais a trama, mostrando o grande acerto do filme. Além de um enredo mais presente. Se o primeiro filme focou em nossos personagens encontrarem seus caminhos sem se importar com o que pensavam deles, o segundo usa as crises de aparências de Troy e as extrapolam.

Troy (Zac Efron) começa a se indagar sobre seu futuro e a lidar com as responsabilidades de manter o grupo. Ao começar a ver as vantagens que lhe são apresentadas, seu ego o torna egoísta e irritante, afastando seus amigos e pondo em risco tudo o que um dia foi importante para o personagem. Troy chega a uma nova encruzilhada ao ver o que pode perder, mas vendo o que pode ganhar se seguir seu caminho atual. É interessante ter um protagonista cheio de falhas, mesmo que suas atitudes sejam irritantes e, por vezes, mesquinhas, mas acrescenta uma nova profundidade ao protagonista. Além de nos mostrar o que acontece quando somos corrompidos pelo luxo e um futuro brilhante.

Gabriella (Vanessa Hugdes) perde um pouco de espaço na trama, ela passa a ser a voz da razão e a bússola moral do longa, mostrando a decepção com tudo que está acontecendo. Procurando seguir seu caminho e encontrar aquilo que perdeu ao longo do verão. Chad (Corbin Bleu) vê seu melhor amigo virar as costas e sente seu time se despedaçar, achando uma nova amizade inesperada com Ryan e entendendo o outro lado da moeda. A química dos dois é incrível. E por falar em Ryan (Lucas Grabeel), ele é um dos personagens que mais ganham com a sequência. Cansado de ser o bonequinho da irmã e de ser largado quando não é mais útil, Ryan passa a conhecer os “inimigos” e escolher seu próprio caminho. Kelsey (Olesya Rulin) faz o papel de fada madrinha da trama, apresentando o show de talentos e tentando unir o grupo com o amor pela música.

Mas o grande acerto do elenco está na sua garota mimada. Sharpay Evans (Ashley Tisdale), que ganha um tempo maior em tela, e isso se mostra fabuloso para a trama. Ashley parece à vontade no papel e conduz bem as extravagâncias da personagem, além de ter alguns dos momentos mais engraçados e desconfortáveis da trama. Obrigado por esse presente, Ortega.

Em questão musical, o longa esta grandioso. Com uma trilha ainda mais memorável e cativante que o primeiro longa. Começamos com a empolgante What Time is It?, que mostra o desejo que os estudantes tem em se ver livres da escola, além de trazer bem o tom que o filme acolhe. Seguido pela maravilhosa Fabulous que nos traz a construção que Sharpay precisava para transformar seu verão na perfeição total. Afinal, ela só quer tudo fabuloso. Será que isso é tão errado? A versão estendida ainda apresenta a divertida Humuhumunukunukuapua’a que faz um sentido tremendo com a trama e ainda nos apresenta com um crescimento grande de o porquê de certos personagens tomarem algumas decisões.

Passamos pela empolgante Work This Out /,mostrando que podemos concertar tudo se estivermos unidos. You Are The Music In Me é o carro chefe do longa, mostrando a forte ligação dos protagonistas. A dançante I Don’t Dance mostra a química palpável de Chad e Ryan, além de mostrar que, mesmo diferentes, eles podem trabalhar juntos. Gonna Go My Own Way mostra a jornada de Gabriella e sua decepção com tudo que foi desenrolado durante a trama, é emocionante e precisa, um dos momentos grandiosos do filme. Junto com Bet On It, o solo de Troy, que mostra suas frustrações e sua confusão ao encarar o que se tornou. O longa finaliza com a ótima All For One, que fecha o filme com chave de ouro e nos deixa querendo mais.

Com temas mais maduros e uma construção mais segura de si, High School Musical 2 eleva o que foi preparado no primeiro longa e nos transporta de volta a um grupo que aprendemos a amar e apreciar durante o longo desses anos. Se firmando como o melhor filme da trilogia e mostrando que somos ainda mais fortes quando estamos juntos. O verão está apenas começando e podemos mudar quando o trabalho estiver feito. Afinal, um por todos e todos por um.

“We’re gonna have fun in the sun
Now that all the hard work, work is done
Everybody, one for all
And all for one”

 

 

Preso em um espaço temporal, e determinado a conseguir o meu diploma no curso de Publicidade decidi interagir com o grande público e conseguir o máximo de informações para minhas pesquisas recentes além, é claro, de falar das coisas que mais gosto no mundo de uma maneira despreocupada e divertida. Ainda me pergunto se isso é a vida real ou apenas uma fantasia e como posso tomar meu destino nas minhas mãos antes que seja tarde demais...

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