Crítica | Inuyasha – O Filme 4: Fogo na Ilha Mística (Inuyasha: Guren no Horaijima)

Nota
1.5

“O caldeirão pede sua oferenda… A porta do templo se abrirá…”

Após escapar da garras secretas da Ilha Horai, um lugar secreto que aparece de tempos em tempos em meio a névoa, Ai, uma jovem hanyou, precisagir dos quatro deuses da guerra antes que seja capturada outra vez. No meio de seu desespero ela encontra Inuyasha, a quem parece conhecer, e solicita sua ajuda para resgatar seus irmãos aprisionados na ilha.

Junto com Kagome, Shippo, Sango, Miroku e Kirara, o hanyou parte em busca do misterioso local, determinados a por um fim no sofrimento daqueles que estão sobre o olhar ferino dos Shitoushin. Mas, ao se aproximarem do local, eles percebem que algo ainda mais sinistro encontra-se escondido em seus domínios, atraindo pessoas inesperadas para um uma batalha maléfica que pode destruir de vez suas vidas.

Após a finalização da primeira parte do anime, os fãs de Inuyasha entraram em uma espiral de desânimo, sem ter certeza se seus personagens favoritos teriam uma chance de conseguir um final decente para sua história. Mas, surgindo como um alento, uma ultima oportunidade foi dada para revermos todos uma ultima vez antes de sua pausa interminável.

Lançado após o episódio final da sexta temporada, Inuyasha – O Filme 4: Fogo na Ilha Mística era uma luz de esperança para os fãs da franquia, trazendo uma nova oportunidade de acompanhar o hanyou e seus amigos em uma de suas épicas aventuras. Sem grande pretensões de continuar o enredo principal ou até mesmo responder qualquer duvida, o longa surge com uma nova história, que não tem qualquer ligação com aquilo que conhecemos.

De uma maneira bastante básica, o filme constrói uma rasa mitologia sobre a misteriosa ilha e seus habitantes, sem uma real preocupação em aprofundar ou engrandecer seus dilemas. Tomando a frente à tênue ligação que cria com o sacrifício infantil e a maldade de seus vilões, o roteiro procura trazer sentido em sua narrativa mas sem realmente explicar o por quê utiliza seus personagem de modo tão desleixado ao longo da narrativa, a não ser para trazer reconhecimento do público e dizer que os mesmos estavam presentes no longa.

Como é o caso de Sesshomaru, que não possui função narrativa além de servir como contraponto para o momento de fraqueza do protagonista. Não sabemos o porquê dele estar envolvido com a história e muito menos como os vilões sabiam de sua localização e poder, servindo apenas para testar as forças do mesmo e entrar como Deus Ex Machina quando é conveniente. O mesmo podemos falar em referência a Kikyou, que aparece de modo pouco coeso apenas para fazer um agrado aos fãs, que não se agradam de maneira nenhuma.

Até mesmo o embate, onde o herói se vê diante de uma força maior e procura em seu interior uma maneira de superar seus limites, não traz um carisma que consegue suprir a necessidade. Kagome passa boa parte da trama sem função, ganhando destaque apenas no embate final para justificar sua presença. Sango, Kirara e Miroko servem como suportes dos protagonistas, mas sem ter um peso real na trama, o que se mostra uma pena quando esta poderia ser uma ótima chance de aprofundar seus laços.

A própria história da ilha se mostra confusa e desinteressante, só ganhando nossa atenção com a interação das crianças com Shippo, que toma a frente na proteção e cuidado das mesmas. Inclusive, ele é uma das melhores coisas do filme, mostrando uma bravura doce e genuína que consegue nos encantar ao longo da narrativa.
Com vilões genéricos e uma trama rasa, Inuyasha – O Filme 4: Fogo na Ilha Mística aposta suas fichas nos laços afetivos do público com seus personagens, sem se preocupar em contar uma boa história. Repleto de momentos desnecessários e sem justificativa plausível para certas introduções, o longa mostra-se caótico e sem graça, mas consegue arrancar boas sacadas se estivermos dispostos a ignorar todo o resto… o que não é nada fácil de fazer, podem acreditar.

“A mão do yokai protege, a mão de um mortal alimenta. Junte as duas mãos e abra a porta.”

 

Preso em um espaço temporal, e determinado a conseguir o meu diploma no curso de Publicidade decidi interagir com o grande público e conseguir o máximo de informações para minhas pesquisas recentes além, é claro, de falar das coisas que mais gosto no mundo de uma maneira despreocupada e divertida. Ainda me pergunto se isso é a vida real ou apenas uma fantasia e como posso tomar meu destino nas minhas mãos antes que seja tarde demais...

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