Crítica | Invocação do Mal 2 (The Conjuring 2)

Nota
5

Após consolidar um sucesso mundial dentro do gênero terror sobrenatural com o primeiro filme, garantindo ainda um spin-off sobre Annabelle, James Wan retorna para o comando da sequência, levando o famoso casal de investigadores de casos sobrenaturais por meados de 1977, em Londres, onde foram contatados por uma igreja localizada na Inglaterra, que informou sobre o caso de uma família assustada com as possessões recorrente de uma garota de 11 anos.

Cansados psicologicamente após o caso de Amityville, o casal Ed (Patrick Wilson) e Lorraine Warren (Vera Farmiga) precisam encarar uma nova, e forte, entidade que está habitando o corpo da jovem Judith (Madison Wolfe), a filha mais nova de Peggy (Frances O’Connor), ambas atrizes que conseguem entregar uma atuação de corpo e alma sobre os personagens angustiados pela vivência dentro da residência, que por sinal é assombrada pela alma do seu antigo proprietário.

Durante a averiguação da ocorrência, o Casal Warren se depara com outra duas entidades fortes: o Homem-Torto (Javier Botet), ligado a uma caixinha musical inicialmente inocente, e a Freira (Bonnie Aarons), um disfarce do demônio marquês das serpentes, que também já garantiram seu spin-off no universo de Invocação do Mal, com um potencial estupendo, mas com suas respectivas histórias sendo abordadas da forma mais superficial possível, para deixar uma ponte para as próximas produções.

Wan, junto com a produção do longa, lançou mão do uso de ambientações com pouca iluminação, tendo sempre o intuito de destacar as sombras diante dos corredores, um elemento que predomina grande parte do cenário da trama. A produção sonora ficou impecável, abrilhantando mais ainda o contraste com as cenas mais agonizantes, que surgem próximo ao final, mas não se pode esquecer de mencionar a sombria fotografia do film, que utiliza efeitos gráficos bem trabalhados e que são muito bem explorados. Acrescentando a tudo isso, temos um toque de humor que se encaixa perfeitamente com o ato final, dando aquele alivio pós tensão que precisamos depois de mais de duas horas de terror.

 

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