Crítica | Invocação do Mal (The Conjuring)

Nota
4

Após uma forte suspeita de possessão, o famoso casal de demonologistas, Ed (Patrick Wilson) e Lorraine Warren (Vera Farmiga), são convidados a investigar a residência dos Perron, onde se deparam com ventos uivantes, rangidos das portas e cadeiras que se moviam por conta própria, literalmente uma atmosfera de um típico cenário de suspense e presença sobrenatural, causando uma leve sensação de que estão sendo observados pelas espreitas dos cômodos.

Após consagrar-se solidamente no gênero com as franquias Sobrenatural e Jogos Mortais, James Wan passou a ser conhecido por transformar em sucesso longas de baixo orçamento, o que o fez ser convidado para a direção executiva de Invocação do Mal, construindo uma produção baseada em fatos reais, de um caso que ocorreu em meados da década de 70, e arrecadou US$319 milhões em bilheteria, tornando-se um dos filmes mais lucrativos do ano e um marco no terror voltado para o segmento de possessão e exorcismo.

Retratando o caso da família Perron, onde Carolyn (Lili Taylor) e Roger (Ron Livingston) se mudam juntos com suas cinco filhas para um casarão mal assombrado, em uma fazenda localizada em Harrisville, Rhode Island. Logo quando chegam em sua nova residência, a família passa a ser recepcionada por sinais sobrenaturais que ignoram, mas que, com o decorrer do enredo, vão ficando cada vez mais intensos até começar a surgir aparições estranhas diante dos olhos de duas das filhas do casal.

A forma como os produtores trabalharam na formação materializada das assombrações foi um ponto bem interessante que prendeu bastante a atenção dos telespectadores, causando o clima de tensão perfeito para propiciar diversos sustos. Simplesmente estava tudo fazendo parte da casa, através de uma sombra ou presença onipresente, vemos o sobrenatural perdido entre as mobílias, fazendo com que elas não permanecessem no lugar. Toda essa construção tornou desnecessária qualquer música ou efeito sonoro para criar o clima de suspense pré jump scare, mostrando que até um corte que mostra o paralisar dos relógios possui um poder psicologicamente perturbador, que alcança total sintonia com o andar da câmera.

Durante a investigação acabamos por esbarrar com Annabelle, a boneca que serve como uma espécie de ponte conectiva entre mundo humano e o portal sobrenatural. Assim ficando evidente a intenção de uma continuidade da história, nos levando a conhecer mais o passado envolvendo a boneca. E é com o desfecho final que Invocação do Mal prova que haverá uma continuidade aos acontecimentos, gerando uma franquia baseada nos arquivos do casal Warren, que são extensos e já geraram vários livros e adaptações de terror.

 

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