Crítica | It: Uma Obra-Prima do Medo (It) [1990]

Nota
3

“Eles flutuam Georgie. Eles flutuam. E quando estiver aqui comigo, também vai flutuar.”

Existe algo terrivelmente errado com a cidade de Derry, Maine. A cada 30 anos uma serie de desaparecimentos acontece na cidade, culminando em um grande desastre e ninguém parece ligar a mínima para isso. Mas Mike Hanlon (Tim Reid) sabe a verdade. Ele sabe o que se esconde nas entranhas da cidade.

Após o sexto ataque, Mike não tem mais dúvidas e decide ligar para seus antigos companheiros do Clube dos Perdedores para informar que A Coisa retornou e que todos devem cumprir suas promessas. Assim que recebem a ligação, Bill (Richard Thomas), Ben (John Ritter), Beverly (Anette O’Toole), Eddie (Dennis Christopher), Richie (Harry Anderson) e Stan (Richard Masur) começam a recordar memórias a muito esquecidas de um verão há 30 anos, quando enfrentaram o seu pior pesadelo.

Agora, eles precisam se reunir uma última vez para terminar o que começaram naquele verão. Uma promessa que pode destruir tudo que construíram e trazer a tona tudo que mais temem e, se não tomarem cuidado e ficarem unidos, eles podem acabar flutuando também.

Durante os anos, Stephen King escreveu obras memoráveis e vilões tão icônicos que conseguiram transpor suas páginas. Mas, para muitos, sua melhor obra se encontra em um calhamaço poderosos com um dos melhores vilões já escritos pelo autor: o inigualável Pennywise.

Não é surpresa para ninguém que as obras de King foram adaptadas para múltiplas mídias, e não seria diferente com A Coisa. Primeiramente idealizada como uma minissérie de 2 episódios (com 90 minutos cada) e depois transformada em um filme com 3 horas de duração, It: Uma Obra-Prima do Medo chegou as telinhas em 1990, quatro anos depois do lançamento do livro do Rei do horror. Dirigido por Tommy Lee Wallace e roteirizado por Lawrence D. Cohen, a minissérie/telefilme tenta adaptar o máximo do espirito do livro mas possui falhas brutais na sua leitura.

O roteiro constrói uma primeira parte aceitável e até empolgante, focando na química de seu elenco infantil e trazendo aspectos precisos da obra original mas, quando encontramos suas versões adultas, perdemos um pouco do ritmo e do entrosamento do elenco. Não que sejam atuações ruins, elas só não parecem tão naturais quanto as infantis, trazendo um aspecto mais engessado para a trama.

Muito se perde com a pobre introdução, atrapalhando o crescimento dos personagens e o conceito da Coisa em si. A maldade que é tão presente no livro, aqui se mostra ignorada passando a mais um filme sobre uma caça ao monstro do que a representação corpórea de toda crueldade que existe em Derry. Isso sem falar do final tenebroso e sem empolgação que nos é entregue.

Mas, se a produção encontra seus erros nesses pontos, o mesmo não pode ser dito da sua estrela. Tim Curry nos entrega um Pennywise magnífico e bem trabalhado. Embora toda mitologia da criatura seja um pouco nebulosa, a atuação de Tim tira leite de pedra e nos entrega um personagem repleto de nuances macabras que o tornaram tão icônico e memorável. Ele rouba cada uma das cenas em que aparece, divertindo e amedrontado com seu humor diabólico.

Entre acertos e fracassos, It: Uma Obra-Prima do Medo dividiu criticas e público. Apresentando uma trama mal desenvolvida de um dos personagens mais icônico e do mestre King, que perpetua seu legado até hoje enquanto nos incentiva a pegar um balão e flutuar através das 3 horas de duração. É se isso vale a pena? Resta você decidir.

 

Preso em um espaço temporal, e determinado a conseguir o meu diploma no curso de Publicidade decidi interagir com o grande público e conseguir o máximo de informações para minhas pesquisas recentes além, é claro, de falar das coisas que mais gosto no mundo de uma maneira despreocupada e divertida. Ainda me pergunto se isso é a vida real ou apenas uma fantasia e como posso tomar meu destino nas minhas mãos antes que seja tarde demais...

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