Crítica | Johnny English 3.0 ( Johnny English Strikes Again)

Nota
2

Em sua nova aventura, Johnny English é a última salvação do serviço secreto quando um ataque cibernético revela as identidades de todos os agentes do país. Tirado de sua aposentadoria, ele volta à ativa com a missão de achar o hacker por trás do ataque. Com poucas habilidades e métodos analógicos, Johnny English precisa superar os desafios do mundo tecnológico para fazer da missão um sucesso.

É difícil não ser fã do ator Rowan Atkinson. Por diversos anos ele proporcionou muitas risadas e momentos hilários sem precisar emitir nenhuma palavra enquanto interpretava o incrível Mr. Bean. Em 2003 ele chegou nos cinemas na sua primeira aparição como o agente secreto Johnny English. O agente do MI7 tem o seu jeito bastante atrapalhado, porém sempre faz de tudo para proteger a sua nação. Oito anos depois, em 2011, o personagem voltou para as telonas, e em 2018 ele retorna para mais uma nova missão.

Os dois primeiros filmes da trilogia do personagem são extremamente engraçados. Enquanto o primeiro contava a história de origem e ascensão de Johnny English, o segundo se focou em mostrar os desafios que ele teria que enfrentar por estar muito velho para ser um agente de campo. Esse terceiro filme tenta trazer elementos das duas produções anteriores, contudo, acaba se tornando mais uma repetição do que já vimos do personagem, do que qualquer outra coisa.

Claro que isso não significa que não teremos momentos verdadeiramente hilários. Com certeza, uma das melhores sequências da comédia acontece quando o protagonista tenta participar de uma realidade virtual. A ideia de inserir Johnny English num mundo cheio de tecnologias é muito inteligente, todavia, a sensação que fica é que o longa deveria ter explorado isso com ainda mais veemência do que foi mostrado na história.

A grande qualidade da trilogia Johnny English, é a mesma de Rowan AtkinsonMostrar que é possível fazer uma boa comédia sem precisar usar de modos “apelativos”, algo que cada vez está ficando mais comum nas inúmeras comédias vazias que assistimos toda hora nos cinemas. Apesar de ser o filme mais fraco da série, Johnny English 3.0 ainda continua sendo uma bela opção para toda a família.

 

Formado em publicidade, crítico de cinema, radialista e cantor de karaokê

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