Crítica | Juanita

Nota
3

Uma mulher que passa por muitos perrengues na cidade de Nova Iorque se sente sobrecarregada por cuidar dos 3 filhos e em de seus netos. Juanita (Alfre Woodard), é uma mulher que vive para sua família e trabalho, solteira, não tem nenhum momento para si. Sofrendo com desgaste constante de seus problemas pessoais e profissionais, ela decide então mudar sua vida completamente.

A decisão dessa mudança surge após um pequeno conflito no seu ambiente familiar. Assim, ela decide a viajar, porém sem destino e sem saber o que vai enfrentar pela frente em sua nova jornada. Seus filhos eram sua prioridade; dentro ou fora da prisão, ela sempre mantinha seus pensamentos com eles, para que pudessem sair e se tornassem pessoas melhores. Por serem negros, sua família sempre era abordada pela polícia e, independente dos casos, nunca eram inocentados.

Juanita sempre foi uma mulher de coragem e se reinventar seria sua prioridade daquele momento em diante. Descobrindo novas horizontes, amores e conhecendo novas culturas, ela se sente grata naquele momento, que é visto como um dos melhores da sua vida. Em Montana, Juanita descobre o amor e vê que seus sonhos passados não seriam sua nova realidade, viver algo forte e intenso com um homem que cuida, protege, ama-a e faz o mesmo por seus filhos. Jeff Gardiner (Adam Beach) também se descobriu com Juanita, todos os seus sentimentos de culpa puderam ser curados pelo carisma da protagonista, o romance entre os dois foi algo que intencionou a viagem da Juanita, pois diversas surpresas e mudanças foram possíveis graças ao Jeff.

A fotografia do longa é algo que emociona, pois as imagens em tons frios trazem um toque ainda mais melancólico para o longa, o que de certa forma pode causar algum tipo de impacto com a realidade do espectador, pois sempre vai ocorrer um jogo de tons frios na tela nos momentos exatos.

Mesmo com tantos problemas em sua vida, Juanita se dedica em seu trabalho, cuida de seus pacientes da melhor forma possível dando o devido carinho e atenção; afinal, uma mulher negra e pobre precisa ter algum sustento para manter a sua vida e a vida de seus filhos e netos. Cuidar é o seu lema desde o início, a mesma faz isso com uma grande facilidade e bondade em seu coração.

O longa foi lançado para comemorar o dia internacional da mulher, mostrou o que muitas passam em seu dia a dia e como é a vida de uma Mulher mãe e negra, que vive para seus filhos. Visto que foi preciso deixar tudo para trás e seguir um novo caminho, mesmo que temporário, Juanita deixou marcas e saudades na vida de muitos, inclusive na do Jeff.

Com isso, fica a mensagem principal de que devemos ser sempre empáticos, ajudar até o nosso limite, porém ter um tempo livre para que possamos nos amar e sentir que estamos bem com nosso ambiente familiar, amigos e pessoas que amamos.

Formado em Letras, atualmente cursando Pós-graduação em Literatura Infantil, Juvenil e Brasileira. Sentindo o melhor dos medos e vivendo a arte na intensidade máxima. Busco sentir histórias, memórias, escrever detalhes e me manter atento a cada cena no imaginário dos livros ou numa grande tela de cinema.

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