Nota
Baseado no romance de mesmo nome, do autor André Aciman, o filme dirigido por Luca Guadagnino conta como o entediante verão em família de Elio (Timothée Chalamet) se tornou uma experiência de descoberta e transformação, após a chegada de Oliver (Armie Hammer) à casa da família.
Elio é um jovem com um invejável talento para a música, enquanto Oliver é aluno do pai de Elio e o está auxiliando em uma pesquisa, jovens bem diferentes que mudarão para sempre a história um do outro.
Me Chame Pelo Seu Nome consegue imprimir na memória cada cena com uma fotografia incrível, planos muito bem acertados que fazem do filme uma experiência visual bastante envolvente. O uso das cores ajuda a compor o ambiente, dando ao espectador um motivo a mais para se ater a cada cena.
Elio e Oliver são personagens complexos, a relação entre os dois é construída de maneira gradativa, dando um tom de naturalidade raro em histórias de romance, não vemos em Me Chame Pelo Seu Nome um casal que magicamente se apaixona do nada após esbarrar na rua. Conseguimos acompanhar cada fase da aproximação entre os dois, e quando finalmente acontece você percebe que estava torcendo por um casal que até então apenas tinha sido sugerido.
Os atores em cena conseguem emprestar bastante verdade a seus personagens, até mesmo os personagens secundários aproveitam muito bem seu tempo de tela, existem diálogos tão naturais que provocam empatia quase imediata.
Como nem tudo são maravilhas, o filme se demora em algumas cenas e acaba tendo um terceiro ato um tanto arrastado, fazendo com o que o espectador entenda a história que está sendo contada e consiga deduzir o final antes que ele aconteça, quebrando um pouco a surpresa da resolução da trama.
Tá afim de apreciar um bom romance? Me Chame Pelo Seu Nome estreia no Brasil dia 18 de janeiro.
Edu Vieira
Estudante de Museologia na UFPE, Cavaleiro Jedi, viciado em cinema, HQs, e coleções. Já gastou mais tempo de vida vendo séries que dormindo.