Crítica | Minha Mãe é Uma Peça 3

Nota
4

Devido ao seu reconhecimento no cenário do humor nacional e ao seu publico consolidado, a franquia de Dona Hermínia (Paulo Gustavo), a mãe mais conhecida do Brasil, retorna em seu terceiro ato no dia 26 de dezembro, com distribuição pela Paris Filmes e a Globo Filmes. A trama mostra Hermínia tendo que enfrentar a independência de seus filhos, Juliano (Rodrigo Pandolfo), que durante está de casamento marcado com o seu primeiro namorado, Thiago (Lucas Cordeiro); e a Marcelina (Mariana Xavier), que está a espera de seu primeiro filho, já organizando sua nova vida familiar ao lado do pai da criança, Sol (Cadu Fávero).

Sendo o claro perfil da mãe coruja, Hermínia sofre ao perceber que seus filhos cresceram, e toda preocupação, apoio, superproteção materna e ajuda, já não são mais necessários. Seus filhos chegaram à etapa da vida em que precisavam trilhar os seus próprios caminhos, independente do rumo. Tomando um choque de realidade sobre a maturidade deles, o que resultou em uma perca de sentidos por um momento, fazendo enxergar as reais intenções diante dos desequilíbrios comportamentais da personagem. Rumo a espairecer sua mente, com uma viagem a Nova Iorque, passando dificuldades em relação ao idioma, e enfrentando situações um tanto traumáticas que a forçam a um rápido retorno a Niterói.

É perceptível que a produção, que conta com a direção de Susana Garcia e o roteiro de Paulo Gustavo, luta na tentativa de trabalhar se reduzindo em certos pontos. Ela não consegue evitar que a monotonia fique exposta, principalmente na utilização de uma ambientação que se alterna entre Rio de Janeiro e Niterói, e na reciclagem de algumas falas que já estiveram presentes nas tramas anteriores. Por outro lado, o longa sabe dosar bem o humor, o deixando o mais natural possível ao tentar fazer os espectadores usarem de empatia, enquanto o enredo relata a história de vida de alguns dos personagens.

Após Dona Hermínia retratar, em algumas cenas, o valor da família, é na reta final do longa que vemos um emocionante discurso sobre o tema. O terceiro filme da saga se despede da melhor forma possível, com direito a cenas pós-créditos carregadas de sentimentos, em uma homenagem singela à pessoa que mais inspira Paulo Gustavo: Déa Lúcia Vieira Amaral, a sua própria mãe.

 

 

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