Crítica | Nu (Naked)

Nota
2

Rob Anderson odeia ter que assumir responsabilidade e, com a proximidade de seu casamento, ele começa a entrar em desespero, mas o que o homem não esperava era que sua desregrada vida lhe fosse dar uma surpresa, logo após sua despedida de solteiro. Tudo começa quando Rob acorda num elevador de um hotel que não é o seu, pelado e sem lembrar de nada que aconteceu, o homem corre para chegar a tempo em seu casamento, mas no momento que ele chega no altar com tudo fora do controle, os sinos tocam e ele volta ao inicio do dia, no mesmo elevador, novamente pelado e novamente tendo que correr até seu casamento.

Protagonizado e co-roteirizado por Marlon Wayans,  o original Netflix se empenha em pegar a formula batida de Feitiço do Tempo e dar uma roupagem de comédia, e a premissa é boa o bastante para isso, garanto que só pela sinopse do filme você já se interessa de cara em ver o que vai acontecer, mas a realidade é outra quando o filme termina. Com apoio da direção de Michael Tiddes e do roteirista Rick Alvarez, Marlon repete o fraco desenvolvimento dos outros três longas realizados pelo trio (Inatividade Paranormal, Inatividade Paranormal 2 e Cinquenta Tons de Preto) e usa muitos dos clichês da comédia romântica para tentar valorizar o, enfadonho, desenrolar do longa.

Como se os clássicos clichês de personagens já não fossem suficientes, o longa brinca demais com certas montagens que se tornam vergonhosas e desnecessárias, depois nos joga no jogo de gato e rato para saber quem desejava o fiasco do casamento a ponto de drogar o noivo e armar toda a cena, mostrando que todos tem motivo para tal. No fim das contas, o longa é assistido até o final mais por desencargo de consciência do que pela verdadeiro interesse no clássico humor Wayans, que parece só ter dado certo de verdade em As Branquelas. Aos poucos vemos o tempo jogar contra o filme, quando o personagem começa a executar cada vez mais tarefas no mesmo intervalo de tempo que, inicialmente, quase o fazia perder o casamento quando ele só corria para vestir uma roupa e chegar na igreja.

No final das contas, é fato afirmar que Nu tem uma premissa agradavel, tem uma intenção crível, mas talvez seu maior erro seja deixa nas mãos de Marlon toda a responsabilidade de conduzir hora e meia de filme na pele de Rob, talvez outro ator tivesse mais expressividade e mais jogo de cintura para dar a aparência necessária ao projeto, ouso até dizer que Damon ou Shawn Wayans, irmãos de Marlon, tivessem uma maior capacidade de encabeçar o filme e valorizar a boa ideia base, sem deixar chegar ao desperdício que foi a execução de Marlon, Rick e Tiddes.

 

Sonhador nato desde pequeno, Designer Gráfico por formação e sempre empenhado em salvar o reino de Hyrule. Produtor de Eventos e CEO da Host Geek, vem lutando ano após ano para trazer a sua terra toda a experiência geek que ela merece.

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