Crítica | Nunca Diga Seu Nome (The Bye Bye Man)

Nota
2

“Não pense. Não diga.”

Três adolescentes se mudam para uma antiga casa, mas eles mexeram com o que não deviam e acabaram invocando o Bye Bye Man, um entidade sobrenatural que vai atrás de todos que falem seu nome ou pensem, todos que o chamarem. Cabe agora a ElliotSashaJohn acharem uma forma de sobreviver ao mesmo tempo que precisam esconder a existência desse nome para que esse ser não possa ser invocado por mais ninguém.

A trama do longa é inspirada num conto do historiador Robert Damon Schneck, que narrou vários relatos de conhecidos e familiares de Wisconsin, dentre eles está um amigo que invocou esse ser, a trama leva essa invocação ainda mais ao extremo ao justificar que todos que souberem o nome precisam morrer, fazendo aqueles que sabem o nome terem visões assustadoras que os leva a loucura. No longa temos ainda uma busca no passado, principalmente quando Elliot investiga o que aconteceu ao Repórter Larry Redmon em 1969, que investigou o caso do garoto de 15 anos que assassinou sua família por causa do Bye Bye Man e acabou sendo assombrado pela entidade, o que o levou a matar oito amigos antes de se suicidar. Envolvendo ainda mais o público com sua ‘veracidade’ e com relatos passados que podem ou não ser reais, o longa atualiza o conto de Robert trazendo a entidade para nossos dias atuais.

Explorando mais a fundo o poder que um nome possui, o longa mostra o quanto o simples fato de saber o nome da entidade já coloca as pessoas em perigo. Vemos que Elliot, após descobrir o nome escrito no criado-mudo de Larry, de inicio acha que nada aconteceu, mas seus dias começam a se tornar um pesadelo e a preocupação com a sua vida e a de sua namorada começam a enlouquece-lo. Vemos que Kim sente um poder maléfico e acaba sendo assombrada pela entidade quando descobre seu nome, vemos que a bibliotecária também passa a ser sua vítima e vemos o quanto a perseguição é intensa, o quanto as ilusões são capazes de matar cada pessoa que sabe o seu nome, o quanto o nome é poderoso. Por outro lado, é perturbador perceber que a entidade busca suas vítimas de forma inversa, buscando os que souberam mais recentemente e deixando o Elliot para o final.

Com uma premissa bem interessante e um elenco competente, o longa se perde em seu roteiro. A ideia de um ser com um nome tão poderoso é incrível, a ideia de traze-lo para os dias atuais é perfeita, mas a forma como isso é desenvolvido no roteiro perde totalmente a credibilidade, a forma como o nome parece se expor no filme inteiro é decepcionante, e a escolha de as mortes serem feitas de forma reversa faz tudo se tornar conveniente demais. Talvez decepção seja a palavra perfeita para definir o longa, que parece piorar ainda mais quando chegamos ao final, já que sua conclusão é extremamente preguiçosa e nada impactante, deixando muito a desejar e tanto a explorar.

 

Sonhador nato desde pequeno, Designer Gráfico por formação e sempre empenhado em salvar o reino de Hyrule. Produtor de Eventos e CEO da Host Geek, vem lutando ano após ano para trazer a sua terra toda a experiência geek que ela merece.

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