Crítica | O Incrível Hulk (The Incredible Hulk)

Nota
2.5

Não me deixe com… fome. Você não vai gostar de mim quando estiver com fome. Não, não é isso.”

Recluso na comunidade da Rocinha, Bruce Banner (Edward Norton) procura desesperadamente por uma cura para a estranha mutação que o transforma em um incontrolável monstro. Com a ajuda de um colega cientista, conhecido apenas como Sr. Blue, ele tenta todas as formulas possíveis, obtendo apenas fracassos em seu histórico.

Durante um de seus plantões em uma fabrica de refrigerante, o sangue do cientista acaba contaminando um frasco da bebida apontando sua localização para seu velho inimigo, o General Thunderbolt Ross (William Hurt), que organiza uma força tarefa para capturar o fugitivo. Tendo como fronte o Capitão Emil Blonsky (Tim Roth), a equipe especial tenta capturar o gigante esverdeado mas, devido à falta de informação e preparo, falha miseravelmente em sua missão.

Após o fracassado embate, Bruce decide voltar a seu próprio país e encontrar as informações guardadas sobre o projeto com radiação gama que foi submetido. Mas, o que ele não esperava, é que um novo inimigo surgisse em seu caminho. Denominado O Abominável, a nova criatura tem um poder estrondoso comparado ao do Hulk, o que coloca todos os planos e dilemas de Bruce em jogo para o que parece ser a maior embate de sua vida.

Cinco anos depois do seu primeiro longa chegar às telonas, o gigante esmeralda ganhava sua continuação, trazendo uma crise existencial tão latente quanto a que Bruce e Hulk enfrentam em coexistir. Dirigido por Louis Leterrier, O Incrível Hulk tenta mesclar duas personalidades distintas, trazendo um costurado incerto sobre o gigantesco herói. Enquanto o diretor visa transformar seu filme de ação e pancadaria sem profundidade, o roteiro de Zak Penn aborda dilemas mais profundos, de uma pessoa que carrega uma maldição e precisa se livrar dela a todo custo.

Os conceitos poderiam até funcionar se os responsáveis trabalhassem em conjunto, mas, ao que aparenta, um tenta se sobrepor ao outro, trazendo dois filmes distintos anexados em seus 112 minutos de duração. O filme transita entre um estado profundo de melancolia para uma injeção de adrenalina, trazendo sentimentos mistos que criam um conflito crescente àqueles que assistem.

Seus efeitos especiais, embora não sejam os melhores, ainda conseguem passar alguma emoção quando preciso, embora traga estranhamento por sua distância com o que seria aceitável. Conseguimos simpatizar com o grandão e aceitar seu sentimentos, construindo um laço genuíno entre protagonista e espectadores. Sua contra parte se mostra tão acertada que é, de longe, uma das melhores coisas do longa. Norton se entregou ao papel, trazendo toda tristeza e profundidade de um homem marcado por algo mais poderoso que ele, algo primordial que ele não consegue controlar. Sua jornada é dura, sofrida e melancólica, mas traz uma verdade profunda que nos comove.

Embora não seja o melhor longa do universo Marvel, O Incrível Hulk consegue nos entreter e construir bem os dilemas de seu protagonista. Dando o segundo passo em direção ao universo compartilhado, o filme parece mais uma tentativa cheia de erros que consegue tirar algumas boas pérolas em seu caminho. Mesmo não tendo nada de tão incrível assim, somos reintroduzidos ao enigmático personagens e preparados para o que está a seguir que, acreditem ou não, vai ser verdadeiramente esmagador.

“Diga suas últimas palavras.
HULK… ESMAGA!”

 

Preso em um espaço temporal, e determinado a conseguir o meu diploma no curso de Publicidade decidi interagir com o grande público e conseguir o máximo de informações para minhas pesquisas recentes além, é claro, de falar das coisas que mais gosto no mundo de uma maneira despreocupada e divertida. Ainda me pergunto se isso é a vida real ou apenas uma fantasia e como posso tomar meu destino nas minhas mãos antes que seja tarde demais...

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *