Nota
3

“Era uma vez uma garota que adorava o natal.”

Kat Decker é uma aspirante a cantora, mas ela não consegue se desenvolver na vida por conta de sua madrasta vaidosa e suas meias-irmãs egocêntricas. Com o natal se aproximando, Kat passa a trabalhar como uma duende cantora para ganhar dinheiro e acaba se apaixonando por Nick, um misterioso rapaz atraente que está atuando como Papai Noel. A grande questão é que eles nunca se viram sem a fantasia, então Nick não sabe quem é Kat, e Kat não sabe que Nick é, na verdade, Dominic Wintergarden, o filho do milionário Terrence Wintergarden, o garoto mais desejado da cidade.

Resgatando a série de filmes “A Cinderella Story”, a Warner resolveu trazer a quarta Cinderela moderna, a segunda Cinderela cantora precisando ser descoberta, mostrando que a premissa que ganhou fama com Hillary Duff ainda é tão atual que consegue se encaixar facilmente até no clima natalino. Como todos os outros filmes da série, o longa se baseia arriscadamente no conto original, temos a enteada esnobada como protagonista, temos a madrasta e as meio-irmãs odiosas, temos o garoto capaz de realizar o sonho da protagonista e temos o grande baile, dessa vez sendo o baile de natal anual dos Wintergarden.

O elenco do filme faz jus à saga, trazendo atores que se encaixam suavemente em seus papeis. Laura Marano vive a sofrida Kat, que possui uma baixíssima autoestima e teve uma péssima experiencia com Dominic no passado, vemos no ar o quanto Laura absorve bem o seu papel e reflete pelos olhos a inocente personalidade de princesa. O príncipe interpretado por Gregg Sulkin é original, temos um garoto rico que quer sair da sombra do pai, ele resolve trabalhar como papai noel para viver um pouco longe do seu mundo, fugir do estigma que possui de ser o famosinho do insta que viver rodeado de namoradas e amigos estúpidos. As vilãs interpretadas por Johannah Newmarch, Lillian Doucet-Roche e Chanelle Peloso se encaixam bem no papel, elas são tão odiosas que nos cativam a odiá-las, mesmo que tenhamos pouquíssimo tempo de filme para conhecer o trio e que elas não brilhem tanto assim no papel.

Apesar de o longa parecer só mais um daqueles especiais de natal da finada sessão da tarde, o roteiro de Michelle Johnston consegue deixar claras suas inspirações em Leigh Dunlap, e ainda consegue se fortalecer com a direção de Michelle Johnstone as músicas de Jake Monaco, uma combinação que apesar de não gerar um filme extraordinário, como a perola que nos conquistou em 2004, ainda é capaz de causar uma pequena nostalgia e nos fazer ver que tem uma fagulha de Dunlap no meio das palavras e da direção de Johnston.

“Então me conte, por que todos adoram o natal?”

 

Sonhador nato desde pequeno, Designer Gráfico por formação e sempre empenhado em salvar o reino de Hyrule. Produtor de Eventos e CEO da Host Geek, vem lutando ano após ano para trazer a sua terra toda a experiência geek que ela merece.

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