Crítica | O Predador (The Predator)

Nota
3

O Predador é um bom retorno para um vilão implacável dos anos 80, com muita tecnologia, que parecia invencível. Até mesmo para o saudoso Arnold Schwarzenegger e seus músculos torneados.

Felizmente, Crítica  consegue ficar fora da lista dos derrotados desse ano, ainda que seja um filme que não é perfeito. Sua marca é ter a cara dos anos 80, mas esse também é um dos seus pontos fracos.

Diferente de muitas sagas do cinema que optam por recomeçar tudo novamente, O Predador de Shane Black dá continuidade ao que já vimos. Mesmo que o filme não deixe claro em que momento da história ele se encaixa, podemos imaginar através de um dos diálogos que os filmes levados em consideração aqui sejam o 1 e o 2, que se passam em 1987 e 1997. Então, nada de Alien vs Predador 1 e 2 ou Predadores. O negócio aqui é O Predador como o conhecemos em sua origem.

Outro ponto de importância é notar que o nome do filme, mesmo sem ter um número na frente, soa muito melhor após assistirmos ao longa. Se o primeiro e segundo filmes são chamados de “Predator” 12, este se chama “THE Predador” – O Predador. Ainda que no Brasil o filme de 1987 também se chame desta maneira, tenha certeza que o “O” do nome do filme quer dizer muito mais do que aparenta desta vez. (Diferente do que ocorre em: The Ring – O Chamado)

A história não é nada muito diferente do que conhecemos. E Shane Black não se preocupa em explicar o que são aquelas criaturas ou suas origens. Que pode causar uma leve frustração. Assim, o negócio já parte para a ação desde o primeiro momento no filme. Então, acabamos tendo muita ação, sanguinolência e brutalidade. Sim, “os bicho tão nervosos”.
Um belo elenco, com muita ação e… humor? Por incrível que pareça as doses de humor ajudaram tirar um pouco da tensão do filme e ainda assim fluiu bem o desenrolar da trama.

Graças aos bons atores e sintonia que existe entre eles, o humor, ação e brutalidade encaixaram muito bem para o filme. Contudo, tenho certeza que muitas pessoas vão se incomodar com isso.

Já no lado do protagonista, temos Quinn McKenna (Boyd Holbrook). O personagem é um clássico soldado, louco por ação e que obviamente não vai deixar de lado a oportunidade de enfrentar uma criatura vinda do espaço. Suas ações e intenções giram em torno do básico: explorar, destruir e matar para proteger. Assim, tudo fica ainda mais sério com a inserção de Jacob Tremblay na trama. O garoto, que é uma das estrelas de Hollywood hoje em dia, chama toda atenção para si, cheio de toques e tiques que colaboram para explicar exatamente o motivo para ele estar ali. Sua atuação interpretando um personagem autista, é impecável. O diretor Shane Black mostra que suas boas ideias, foram executadas de uma forma, no mínimo, satisfatória.

O Predador é praticamente perfeito no filme. Inteligente, brutal, sem dó, invisível, feio, forte e muito mais. Embora o filme tenha seu toque de humor um tanto quanto exagerado para alguns, não sobra tempo para brincar com o bichão.
O monstro se escondendo na floresta, invisível, pulando de árvore em árvore, brincando com suas prezas. Membros sendo arrancados, sangue para todo lado. Assim, não fica nenhuma dúvida, estamos falando de um filme do Predador. Ainda que, de certa forma, a cena final e alguns deslizes de roteiro e diálogos, não façam deste o melhor de todos. Mas sim um filme digno do nome que carrega.

Se você é fã da franquia, o novo filme é obrigatório. Ele é mais pé no chão que qualquer outro depois do segundo. Porém, caso você nunca tenha visto um filme do Predador, talvez seja um bom momento de começar.

 

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *