Nota
Quatro colegas de trabalho se programam para curtir o feriado prolongado em uma casa de praia e chegando lá descobrem que se meteram em uma tremenda roubada. Para começar o destino não é Búzios, mas Maringuaba; a residência alugada é encontrada caindo aos pedaços, bem diferente do prometido; a praia está sempre cheia; e as confusões são inúmeras.
Quem nunca sonhou com as férias perfeitas? Uma bela casa de praia com vários cômodos cheios de conforto para toda a família. Uma praia num lugar tranquilo, sem muita gente por perto para que os residentes possam se conectar com a natureza e terem a chance aproveitar bem a calmaria do espaço para refletir, descansar e começar a se programar para os projetos futuros?
Pois bem, o público não irá encontrar nada disso no filme Os Farofeiros. Toda a confusão do filme se dá pelo fato dos quatro amigos não terem a noção exata da casa que vão alugar, e quando chegam, descobrem que a casa está uma bagunça e não tem a mínima estrutura para acomodar ninguém.
Mesmo estando muito longe de ser uma das comédias mais engraçadas da história do cinema nacional, a verdade é que Os Farofeiros conseguem se comunicar muito bem com o seu público-alvo. Para aqueles que sabem o quanto é difícil se manter em um trabalho diário sem receber o suficiente, muito menos ter e a certeza do emprego garantido no ano seguinte, e mesmo assim conseguem aproveitar muito bem a vida sem ter o luxo tão sonhado, o longa trará algumas boas risadas.
O longa ainda tenta em seus momentos finais fazer uma crítica ao momento que o cinema nacional e o governo vivem nesse momento. Contudo, tudo acaba se resumindo em apenas “uma boa sacada” e nada mais. A comédia dirigida por Roberto Santucci tem lampejos de bons momentos, contudo acaba caindo no denominador comum das fracas comédias que nos acostumamos a assistir.