Crítica | Planeta dos Macacos: A Guerra (War for the Planet of the Apes)

Nota
5

Humanos e macacos cruzam os caminhos novamente. César (Andy Serkis) e seu grupo são forçados a entrar em uma guerra contra um exército de soldados liderados por um impiedoso coronel (Woody Harrelson). Depois que vários macacos perdem suas vidas no conflito e outros são capturados, César luta com seus instintos e parte em busca de vingança. Dessa jornada, que coloca César e o Coronel face a face, é iniciada uma batalha épica que irá determinar o destino de ambas as espécies e o futuro do planeta.

Conclusão da trilogia iniciada em 2011 com A Origem, a saga protagonizada por Andy Serkis traz o habilidoso Woody Harrelson, afinal todo protagonista precisa de um antagonista a altura. O embate dos dois é o motor que impulsiona o filme do início ao fim, tornando-o uma trama sobre vingança. Toda a jornada de Cesar é motivada pela busca de se vingar de quem assassinou sua mulher e seu filho mais velho. Com essa premissa, o filme se desenvolve de uma forma brilhante, mostrando a guerra entre humanos e símios e as perdas em ambos os lados, e mesmo quando um grupo de macacos consegue encontrar um lugar pacifico para viver, evitando os humanos, César segue cego pela vingança, em busca de encontrar o acampamento do General.

A jornada avança enquanto César e seus aliados desbravam as regiões desse mundo pós-apocalíptico, com um desejo de vingança que não permite que nada possa pará-lo. É nessa aventura mata adentro que o grupo encontra uma menina muda, que Maurice decide chamar de Nova, essa menina demonstra a doença que vem assolando os humanos, que resulta na perda da capacidade de falar. Enquanto Cesar tem dificuldade em confiar numa humana, Maurice tenta trazer alguns ensinamentos, como compaixão e altruísmo, tentando tirar do símio o desejo por vingança.

O profundo trabalho do departamento de efeitos visuais é incrível, o que ajuda a credibilizar a história. O lema “Macaco unidos, fortes” prevalece sobre os símios, enquanto a trama coloca o espectador completamente imerso no que propõe, seguindo com momentos de ação bem executados e fazendo de Planeta dos Macacos: A Guerra uma conclusão da trilogia bastante merecida. Os laços emocionais são traçados de forma que melhorar ainda mais a história, criando uma visão distopica do que, em algum momento no futuro, se tornará o Planeta dos Macacos propriamente dito, afinal é a isso que uma guerra leva. Os humanos lutam pela sua sobrevivência, mas e a paz? A tentativa de homem e macaco viverem lado a lado só vai fazer efeito quando ambos quiserem, mas para isso é preciso que exista compaixão e hombridade suficiente para manter a paz. Infelizmente esse é mais um filme que Andy Serkis se dedica completamente, entregando um trabalho brilhante, mas não é indicado a prêmios por sua atuação, quem tamém se destaca muito é o Woody Harrelson, cujos olhos refletem a loucura do General, e o dominio de quem possui seu personagem nas mãos.

 

Jornalista, torcedor do Santa Cruz e do Milan, Marvete, ouvinte de um bom Rock, uma boa leitura acalma este ser pacífico.

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