Crítica | Planeta dos Macacos: A Origem (Rise of the Planet of the Apes)

Nota
5

San Francisco. Will Rodman (James Franco) é um cientista que trabalha em um laboratório onde são realizadas experiências com macacos. Ele está interessado em descobrir novos medicamentos para a cura do mal de Alzheimer, já que seu pai, Charles (John Lithgow), sofre da doença. Após um dos macacos escapar e provocar vários estragos, sua pesquisa é cancelada. Will não desiste e leva para casa algumas amostras do medicamento, aplicando-as no próprio pai, e um filhote de macaco de uma das cobaias do laboratório. Logo Charles não apenas se recupera como tem a memória melhorada, graças ao medicamento. Já o filhote, que recebe o nome de César, demonstra ter inteligência fora do comum, já que recebeu geneticamente os medicamentos aplicados na mãe. O trio leva uma vida tranquila, até que, anos mais tarde, o remédio para de funcionar em Charles e, em uma tentativa de defendê-lo, César ataca um vizinho. O macaco é então engaiolado, onde passa a ter contato com outros símios e, cada vez mais, se revolta com a situação.

Voltando um pouco no tempo, para 1968, para o primeiro filme da franquia, temos uma história começada com o planeta já dominado pelos macacos e que, durante a pentalogia, traz toda a ascensão dos macacos e o declínio da raça humana, porem essa nova versão, de 2011, traz uma abordagem um pouco diferente, com macacos desenvolvidos em laboratórios com os soros 112 e 113, para tratamentos do Alzheimer, mudando a forma como os símios chegam ao poder de como aconteceu na década de 70. A Origem é dirigido por Rupert Wyatt, com roteiro de Rick Jaffar e Amanda Silver, diga-se de passagem um roteiro que conta com personagens bem carismáticos, uma ótima definição e, claro, um excelente CGI trazendo Andy Serkis para o papel de Cesar, por voz e captura de movimentos, trabalho este que Serkis ja havia desenvolvido em Senhor dos Anéis como Smigol, o que só tornou tudo mais fácil e mais barato para a produção, que apostou na tecnologia de captura para desenvolver graficamente o personagem que é, literalmente, o protagonista do filme.

James Franco é parte importante do longa, pois ocupa o papel de pai para Cesar, cuidando e o criando desde o momento que pegou no laboratório, após sua mãe morrer. Will é parte importante para o processo que leva até o inicio da liderança de Cesar, transformando os outros símios em seus seguidores ao mesmo tempo que ele começa a aplicação do soro 113 em um novo macaco, Koba, e que, durante o procedimento, deixa que o gás escape, iniciando uma infecção viral importante para o destino das raças. Em busca de se libertar do abrigo onde os animais sofrem maus tratos, Cesar organiza uma fuga e protagoniza a icônica cena onde diz “ NÃO”, momento super importante para o desenvolvimento da franquia como um todo.

Planeta dos Macacos: A Origem é um filme excelente e um novo recomeço para a franquia, uma produção ambiciosa que sabe seu lugar. O enredo é bastante simples com sua narrativa objetiva, trazendo uma história bem fácil de entender e que deixa uma sensação agradável. O roteiro é redondinho, tem um inicio e fim bem definidos, mas sem esquecer de deixar uma margem em aberta para ser trabalhada num futuro. Além de tudo, a produção ainda possui uma interessante cena pós-créditos.

 

Jornalista, torcedor do Santa Cruz e do Milan, Marvete, ouvinte de um bom Rock, uma boa leitura acalma este ser pacífico.

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