Crítica | Rogue One: Uma História Star Wars (Rogue One: A Star Wars Story)

Nota
5

“Confie na Força.”

Todos conhecem a história do dia em que a Aliança Rebelde iniciou seu maior ataque contra o Império Galático, o histórico dia em que Luke Skywalker destruiu a Estrela da Morte. Mas antes desse ataque, um outro grupo existiu, um grupo que lutou em dias difíceis para roubar os planos da Estrela da Morte que acabaram nas mãos de Léia, o grupo do qual Jyn Erso fez parte.

Jyn é a filha do lendário Galen Erso, um capacitado designer de armas cobiçado pelo Império e pela Aliança, que acaba sendo recrutado a força pelo Almirante Orson Krennic, com  a tarefa de finalizar os projetos de uma estação espacial capaz de destruir planetas, a Estrela da Morte. Treze ano depois, Jyn está adulta e é convocada pelos rebeldes para ajudar a localizar Bohdi Rook, um piloto de carga do Império que é enviado por Galen para levar uma mensagem a Saw Guerrera, um velho amigo de Galen e um rebelde extremista independente. Jyn é enviada para Jheda junto com o oficial Cassian Andor, que está disposto a tudo para interceptar a mensagem que pode ser tão importante para os rebeldes, e K-2SO, um divertido dróide imperial reprogramado que carrega todo o alivio cômico do longa.

Durante a viagem, nos é revelado que Galen construiu a Estrela da Morte na esperança de proteger sua filha, adiando a finalização do projeto para garantir sua segurança e, quando a conclusão se tornou inevitável, construindo o ponto fraco, que é usado pela Aliança para destruir a arma em Uma Nova Esperança. A grande questão é que, para localizar esse ponto fraco, é necessária uma expedição para roubar os planos da Estrela da Morte de um banco de dados de alta segurança que se encontra no planeta Scarif, e quando a credibilidade dos rebeldes impedem esse ‘resgate’ de ser feito, cabe a Jyn e Andor formar o Rogue 1, um esquadrão independente que resolve viajar ao planeta por conta própria e lutar para impedir os planos do Império, representando aqui pelo General Tarkin e seu superior, Darth Vader.

Depois de um bem sucedido O Despertar da Força, a ideia de um spin-off dando o devido valor de um momento tão crucial da história rebelde foi gratificante. Sempre soubemos que havia alguém por trás da chegada dos planos da Estrela da Morte nas mãos de Léia, sempre soubemos que eles foram heróis, mas nunca tivemos a chance de conhece-los. O roteiro de Chris Weitz, somada à direção de Gareth Edwards, deram uma humanidade sem igual ao grupo misterioso por trás da salvação da galáxia. A personagem de Felicity Jones ganha uma força tão singela que nos surpreende, ao mesmo tempo que vemos a força de uma garota que cresceu abandonada e deixada de lado por tanta gente, seus olhos mostram a inocência de uma órfã que luta pela paz e para honrar a memoria de seu pai, e, como já é padrão da saga, ela lidera o trio protagonista do longa de uma forma hábil, equilibrando perfeitamente cada cena entre Jyn, K-2 e Andor.

O longa ainda nos surpreende com a nostalgia, colocando em tela cenas que nos aquecem a memória e personagens que nos levam de volta ao dia que assistimos Uma Nova Esperança, deixando clara a ligação dos longas que parecem unificados de uma forma metricamente espetacular. Mesmo em seu elenco de apoio, o longa não deixa a peteca cair. A relação do bruto Baze Malbus com o habilidoso Chirrut Imwe é outro colírio nos olhos, uma amizade tão forte que podemos claramente comparar com uma versão galática de Dom Quixote e Sancho Pança, o bruto mercenário se mostra tão protetor ao mesmo tempo que temos um equilíbrio ao lado do guerreiro cego, que confia tão fortemente na Força que deposita todas as suas esperanças nela, mesmo que não a sinta. No fim das contas, Rogue One nos leva numa jornada que não esperávamos desejar assistir, culminando num emocionante final que não esperávamos que fossemos gostar e nos mostrando que mesmo quando algo que parece desnecessário surge, é possivel que um roteiro bem feito torne isso essencial para a saga.

“Estou unido à Força. A Força está comigo.”

 

Sonhador nato desde pequeno, Designer Gráfico por formação e sempre empenhado em salvar o reino de Hyrule. Produtor de Eventos e CEO da Host Geek, vem lutando ano após ano para trazer a sua terra toda a experiência geek que ela merece.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *