Crítica | Scott Pilgrim contra o Mundo (Scott Pilgrim vs. the World)

Nota
3

Scott Pilgrim contra o Mundo se tornou um típico clássico “Sessão da Tarde”, se apoiando na nostalgia e apagando seus defeitos e problemas envolvidos, criando uma geração de Scotts apaixonados pelas suas Ramonas idealizadas. O diretor, Edgar Wright, fez um filme visualmente incrível adaptando os quadrinhos de Bryan Lee O’Malley, e tendo como resultado uma experiência totalmente fora do comum para os fãs de adaptações de quadrinhos.

O filme narra a história de Scott Pilgrim (Michael Cera), um músico canadense desempregado, dependente dos outros, que vive em sua própria realidade namorando uma menor de idade, sem o mínimo de senso sobre o que faz, mas que acaba se apaixonando por Ramona Flowers (Mary Elizabeth Winstead), uma entregadora estadunidense da Amazon com cabelo colorido que acabou de se mudar para o Canadá. Essa paixão o faz se meter em um desafio estranho envolvendo a Liga dos Ex-Namorados do Mal da Ramona, que precisam ser derrotados antes de o casal ter seu felizes para sempre.

Os pontos altos do filme são todas as referências visuais aos quadrinhos, vídeo-games e, claro, as batalhas épicas. A trilha sonora é um show à parte. Feita por Nigel Godrich, ela dá o ritmo perfeito para as cenas de ação e deixa o filme mais imersivo em sua estética. E claro, o elenco conta com nomes de peso tanto para a época quanto para quem viriam a ser anos depois, como Kieran Culkin, Anna Kendrick, Chris Evans, Brie Larson e Brandon Routh.

Não é um filme para todos, possuindo uma estética diferenciada e o enredo com uma narrativa meio bagunçada, que pode afastar quem curte uma história mais tradicional. Além disso, as inúmeras referências à cultura pop e videogames podem fazer o público menos acostumado se perder um pouco.

Dessa forma, Scott Pilgrim contra o Mundo é um filme único, mas não quer dizer que seja o melhor, que sabe se manter relevante até os dias de hoje por sua estética e enredo nada complicados, mas que encontra seus problemas com sua abordagem nos dias atuais.

 

Pernambucano, jogador de RPG, pesquisador nas áreas de gênero, diversidade e bioética, comentarista no X, fã incontestável de Junji Ito e Naoki Urasawa. Ah, também sou advogado e me arrisco como crítico nas horas vagas.

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