Crítica | Sharknado

Nota
2.5

“É só pra um pouco de água. Nunca vi californianos com medo de chuva”

O Furacão Diego está se aproximando cada vez mais da Califórnia, o que resulta em vários tornados sobre o Oceano Pacífico, arrancando tubarões de suas águas, e uma poderosa tempestade, que se aproxima cada vez mais da costa de Santa Bárbara. Na beira-mar de Santa Bárbara, funciona o bar de Finley, que é um dos primeiros pontos atingidos pela gigantesca tempestade, que causa uma imensa destruição seguida de um sistemático ataque de tubarões, que são arremessados pelas ondas e caem do céu, comendo tudo e todos que vêem pela frente.

Em meio a uma catástrofe sem precedentes, só resta aos personagens fugir para se proteger, o que une Finley, seu grande amigo, Baz, a garçonete de seu bar, Nova, e um fiel cliente, George, para lutar contra essa inusitada ameaça enquanto tentam chegar até April, a ex-mulher de Finley, e seus filhos, Claudia e Matt. Um tornado cheio de tubarões, quando alguém poderia imaginar algo tão absurdo? Foi uma grande surpresa quando, em 2013, Thunder Levin teve essa ideia controversa e criou um roteiro mais controverso ainda, mudando completamente o conceito de filme catástrofe para um patamar tão surreal que nos surpreende, e essa ideia encontrou seu abrigo nas mãos da direção de Anthony C. Ferrante, que agarrou o teor trash daquele roteiro e criou um lendário filme de terror e comédia que nos deixa esbasbacado, hilariado e confuso de tantas formas inimagináveis.

O longa possui um elenco bem limitado, mas que é predominantemente formado por um elenco de comédia, sendo guiado pelo heroísmo de Ian Ziering, que luta para proteger sua família e reconquistar o respeito de sua ex, pela voracidade de Cassie Scerbo, que tem uma enorme admiração por Finley e luta ao seu lado para defender sua cidade e seu emprego, e pela força de Jaason Simmons, que se une ao grupo para ajudar seu grande amigo a alcançar seu objetivos e salvar Santa Bárbara. Temos ainda o suporte de John Heard, que adiciona toques de inocência na luta com seu banquinho, Tara Reid, que parece uma donzela em perigo de inicio mas logo começa a mostrar suas garras, e Chuck Hittinger, que surge tardiamente mas logo garante seu espaço no longa.

Apesar de um roteiro e uma direção acetáveis, o longa se prejudica bastante por conta de sua edição extremamente mal executada. Sharknado é divertido o suficiente, mas não deixa de ser um trash, e existe uma clara função para os filmes trash: filme trash não é pra ter sentido, só precisa entreter. Com efeitos deploráveis, o longa tem um potencial inexplorado incrível, que nos faz pensar se realmente queríamos ver uma superprodução com essa temática tão esquisita. Entramos nessa experiencia prontos para ver um filme ruim, mas ele nos surpreende dubiamente, primeiro nos surpreende ao mostrar que não possui um roteiro tão ruim quanto seu trailer entrega, mas depois nos envergonha ao mostrar que esse roteiro foi transformado em um longa doloroso, ousado e muito risivel.

 

Sonhador nato desde pequeno, Designer Gráfico por formação e sempre empenhado em salvar o reino de Hyrule. Produtor de Eventos e CEO da Host Geek, vem lutando ano após ano para trazer a sua terra toda a experiência geek que ela merece.

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