Crítica | Som da Liberdade (Sound of Freedom)

Nota
4.5


Tim Ballard é um ex-agente do governo americano, responsável por uma missão de resgate de centenas de crianças vítimas do tráfico sexual na Colômbia. Depois de resgatar um garotinho, Ballard (Jim Caviezel), descobre que a irmã do menino também está sendo mantida como refém e decide, então, dar início a uma perigosa – porém nobre – missão para salvá-la. Disposto a dar tudo de si, Tim se demite de seu antigo emprego e viaja para as profundezas da selva colombiana.

Baseada na história real de Tim Ballard, essa história de drama e ação é extremamente pesada, os temas em si te colocam em um lugar de desconforto, com um embrulho na barriga enquanto se assiste, uma sensação de estomago revirado ou até vontade de vomitar é possivel. Porém é muito importante a existência de filmes como esse para mostrar uma realidade nua e crua que há em muitos países subdesenvolvidos, a do tráfico de crianças. Dentro da perspectiva que o filme passa, 15 anos já é velha demais… Quanto mais novas as crianças, mais caro o preço será. O filme traz em, uma de suas cruéis cenas, uma menina que recebe a proposta da Miss Honduras, Tanya, uma bela modelo de também ser uma jovem esbelta e famosa. A partir desse momento começa a ilusão na cabeça das crianças e do pai dos meninos, Roberto (Jose Zuniga), ao voltar para pegar as crianças que ficaram ali sob os cuidados da modelo, o pai encontra o prédio vazio, ele então percebe que perdeu seus filhos.

Passamos a conhecer uma força tarefa americana que busca caçar pedofilos, conhecemos a rotina de Tim Ballard e o problema de sempre de encontrar milhares de pedofilos mas nunca as crianças, quase que um trabalho em vão. A virada de chave vem muito da frustração de um trabalho desgastante, desenvolvendo a história com uma abordagem que causa bastante desconforto para quem assiste. O filme ainda nos apresenta Vampiro, ex-dono de cartel vivido pelo experiente Bill Camp, que conhece os contatos certos e como encontrar as crianças, e a chegada de um bilionário à la Bruce Wayne, que surge como patrocinador para a missão de Tim e aceita arcar os custos que o governo americano negou, junto com apoio das forças Colombianas.

O filme encontrou vários percalços pelo seu caminho para conseguir ser lançado, inicialmente seria produzido pela Fox, mas após ser comprada pela Disney, que naturalmente não gosta de ser envolver em polemicas, foi descartado, o que fez ele precisar ser resgatado pela Angel Studios, um estúdio pequeno que decidiu produzir o filme com ajuda de investidores, o que acabou por unir apoiadores financeiros de extrema direita e envolveu o filme em mais uma nova sequência de polemicas. Apesar de tudo isso, Som da Liberdade em si é muito bem conduzido pelo diretor Alejandro Monteverde, com pouco investimento o diretor conseguiu entregar um filme difícil de forma bem decente, sem tantos trabalhos técnicos, e usando do básico para cumprir um bom feijão com arroz. O filme possui um longo tempo de duração, algo justificável para a historia que contaram, e ao seu término, deixa uma mensagem especial, como se fosse uma cena pos créditos.

 

Jornalista, torcedor do Santa Cruz e do Milan, Marvete, ouvinte de um bom Rock, uma boa leitura acalma este ser pacífico.

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