Crítica | Star Wars: Episódio IV – Uma Nova Esperança (Star Wars: Episode IV – A New Hope)

Nota
4

“Use a Força, Luke.”

Numa galaxia muito distante, Darth Vader, o alto oficial do Império Galáctico, está num ataque em busca da Princesa Leia Organa, que faz da Aliança Rebelde, uma célula de resistência ao Império, e roubou os planos da Estrela da Morteum projeto secreto imperial. Durante a invasão, R2-D2 e C-3PO, dois droids, fogem da nave e caem no planeta desértico Tatooine, onde acabam sendo vendidos Owen Lars e seu sobrinho, Luke Skywalker, um jovem fazendeiro que encontra em R2-D2 uma mensagem de Leia que o motiva a sair em busca de Obi-Wan Kenobi, um lendário guerreiro que sobreviveu às Guerras Clônicas.

Em 1977, quando George Lucas já havia garantido seu titulo de um dos maiores diretores da nova geração do cinema nos anos 70, o diretor resolveu ousar, decido a mudar sua zona de conforto e trabalhar em uma adaptação de tiras de jornal, escolhendo uma ficção cientifica que seria baseada no herói Flash Gordon, que já tinha tido seus direitos vendidos. Na busca por uma nova inspiração, Lucas saiu investigando as origens de Flash Gordon até que encontrou uma inspiração: criar o seu próprio épico espacial. Quem imaginaria que “The Star Wars”, um projeto rejeitado pela United Artists e a Universal Studios, iria se transformar num sucesso absoluto, se tornando um divisor de águas da indústria cinematográfica americana, um projeto que não era acreditado nem pela 20th Century Fox, que aceitou produzir o projeto, e nem por George Lucas, criador, roteirista e diretor do longa.

A escalação do elenco foi um cuidado bem peculiar de Lucas, que decidiu por escolher atores jovens e sem experiência para o trio protagonista, fazendo sessões de teste que o levaram a escolher Mark Hamill como Luke Skywalker, por o surpreender com sua sinceridade ao não gostar do universo criado, Carrie Fisher como Princesa Leia, após o papel ser recusado por Jodie Foster, e Harrison Ford como Han Solo, contrariando seu requisito básico quando viu seu amigo se desempenhando muito bem como apoio dos testes. O que Lucas não esperava era que uma escalação tão inesperada fosse capaz de desenvolver uma química tão fluida e uma atuação tão envolvente, nos fazendo sentir toda a inocência e determinação em Luke, toda a malandragem e esperteza em Han e toda a ousadia e independência em Leia, sustentando o filme tão bem que mesmo a ausência do antagonista, Darth Vader, seria incapaz de desequilibrar.

Nos surpreendendo de uma forma impar, o antagonista de Lucas é outro show a parte, a atuação de David Prowse é surreal, fazendo do seu corpo uma expressão própria, fazendo que até os gestos tenham voz e compensando a ausência de voz que o ator possui para o personagem, a voz de James Earl Jones chega ainda para projetar o vilão, combinando perfeitamente com a atuação de Prowse, tornando sua voz uma sintonia perfeita com as expressões corporais do ator e completando a personalidade que o personagem pedia e a voz de Prowse não passava.

Com uma trama tão bem amarrada e tão coesa, Uma Nova Esperança, que já foi conhecido apenas como Guerra nas Estrelas, chamou a atenção de uma forma que surpreendeu a todos, desde seu criador até sua produtora, seus atores e àqueles que desdenharam do projeto, fazendo um contrato tão besta assinado pela Fox se tornar tão relevante e o filme ganhar um novo nome, se tornando o quarto episódio de uma franquia de seis partes, garantindo duas trilogias imediatas e levando o cinema a entrar numa nova era, redefinindo os conceitos de efeitos especiais e maquiagens, redefinindo o conceito de aventura espacial e garantindo um legado gigantesco envolvendo os nomes de George Lucas, Mark Hamill, Carrie Fisher, Harrison Ford e James Earl Jones.

“Lembre-se. A Força estará sempre com você!”

 

Sonhador nato desde pequeno, Designer Gráfico por formação e sempre empenhado em salvar o reino de Hyrule. Produtor de Eventos e CEO da Host Geek, vem lutando ano após ano para trazer a sua terra toda a experiência geek que ela merece.

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