Nota
The Super Mario Bros. Movie traz lembranças a muitos fãs da Nintendo e do marcante jogo dos anos 90. Ele nos apresenta a Mario e seu irmão mais novo, Luigi, dois encanadores que buscam seu espaço e reconhecimento no mercado através de comerciais na tv. Dirigido por Aaron Horvath, o longa animado tem duração de 1h e 30 minutos e trouxe um elenco bastante conhecido para dar as vozes aos personagens, como Chris Pratt (da Marvel), Anya Taylor-Joy, Jack Black, Charlie Day e Seth Rogen.
Com os direitos de distribuição vendidos para a Illumination, o longa da Nintendo passa a fazer parte do catalogo do estúdio responsável pelas franquias Meu Malvado Favorito e Minions, surgindo como uma produção com um curto desenvolvimento de personagens, o que se justifica pelo público-alvo e sua duração. A história passa em um piscar de olhos, fazendo um bom feijão com arroz que consegue pegar a essência do game, trazendo a nostalgia para os marmanjos de 30 anos de idade e toda a leveza para o público infanto-juvenil também aproveitar.
Claramente vemos traços da cultura italiana no decorrer do filme, na culinária, nas roupas, no visual e até na forma de falar. Pensando sobre o visual da animação em si, foi feito um bom trabalho pela Illumination, que soube explorar o potencial trazido dos games, visualmente falando, com cenas de ação e takes que te trazem uma imersão do jogo, autorreferencial, e sim… Uma tentativa de plano sequência que agrada bastante. O vilão clássico dos games, Bowser, uma tartaruga gigante e com grande força, foi bem adaptado, sendo fiel a seu objetivo de conquistar os reinos da realidade em que vive e se casar com a princesa.
O filme passa uma lição de moral de persistência e não desistir, algo presente sempre em filmes de super-herói. Em alguns momentos, Mario dá aquela sensação de Peter Parker, de que vai até o fim mesmo que pareça o mais fraco, defendendo a Princesa Peach (Anya Taylor-Joy), governante do reino dos Cogumelos, um reino que, literalmente, é habitado por seres feitos de cogumelos.
Super Mario Bros. O Filme é uma excelente alternativa para ver em família, com aventura do início ao fim, engraçado e bobo sem ser piegas, mantendo uma história feijão com arroz que, apesar de não merecer ser chamado de raso, não traz o nível emocional de uma animações da Pixar como Soul ou Divertida Mente. Em comparação com Gato de Botas, o filme é sim inferior, porém Super Mario cumpre bem a sua função e apresenta um novo universo para quem nunca jogou os jogos da franquia. Quando se pensa em sequencias e continuações, sabemos que só a bilheteria pode responder, mas é preciso levar em consideração que o filme possui duas cenas pós créditos.
Daniel Pereira
Jornalista, torcedor do Santa Cruz e do Milan, Marvete, ouvinte de um bom Rock, uma boa leitura acalma este ser pacífico.
