Crítica | Tau

Nota
4

Sequestrada e mantida em cativeiro para realização de testes, Julia (Maika Monroe) fica presa dentro de uma casa sob a supervisão de TAU, uma inteligência artificial avançada que foi desenvolvida por Alex (Ed Skrein) sequestrador. Tau controla a casa futurista a qual mantem pessoas sequestradas para realização de testes. A casa aparentemente é a prova de fugas, porém Julia corre contra o tempo para não ter o mesmo fim que outros cobaias.

Alex está desenvolvendo um projeto durante um tempo, sendo pressionado por grandes potencias ele se vê sob uma grande pressão. O projeto consiste em avaliar o desempenho intelectual de humanos para aprimorar um sistema de inteligência artificial que tem como principal promessa mudar o mundo de criações dos robôs.

Julia tem um papel de extrema importância que é conhecer o TAU e como essa inteligência artificial pode ajuda-la a sair do cativeiro, mesmo vivendo experiências negativas na trama ela mostra uma grande habilidade que é incomum e dentro de sua realidade.

A Netflix propõe uma experiência tecnológica que pode encantar o espectador, TAU por ser uma inteligência artificial é bastante carinhoso, extremamente curioso que se limita ao jogo de vilão e mocinho, o que pode entreter o público durante todo o longa e causar uma certa sensibilidade no espectador mesmo com acontecimentos negativos na trama.

Toda fotografia do longa-metragem se passa na casa inteligente que o TAU cuida. Os tons de luzes vermelhas e azuis muitas vezes mostram alguns sinais dados pelo Robô. Toda temática futurista visa uma entrega de tecnologia incrível, o que inclui uma grande estrutura de drones que tem a capacidade de fazer coisas incríveis mostram uma realidade totalmente fora do comum.

A trilha sonora escolhida apresenta grandes referências da literatura, artistas de música clássica que no decorrer da trama casam com a interação do TAU com a seleção de faixas escolhidas. Trazendo Mozart como uma das seleções principais de sua trilha de fato da a entender que o Robô TAU aprecia grandes nomes da literatura. Mozart desde sua infância mostrou habilidade com teclado e violino, tem como principal referencia o romantismo que por sua vez levou a música romantista por toda Europa. Mesmo sendo uma referência antiga para a trilha sonora o longa mostra toda exploração cultural e a capacidade de TAU para admirar esse tipo de música.

O longa apresenta uma mistura de ideias, que pode ser negativa. Muitas vezes não é possível identificar uma identidade. A ideia de humanizar o Robô parece interessante, porém Julia usa isso como principal arma para obter coisas que nem sempre são relevantes durante sua vivência na casa. O TAU tem um sonho de conhecer o mundo externo fora da casa e toda sua relação com a Julia se transforma em uma única palavra: Liberdade.

As vezes podem existir momentos de emoção entre Julia e Tau, toda humanização proposta funciona perfeitamente trazendo todo um jogo visual e futurista para a trama. Tau é extremamente carinhoso e empático, isso conquista os expectadores.

 

Formado em Letras, atualmente cursando Pós-graduação em Literatura Infantil, Juvenil e Brasileira. Sentindo o melhor dos medos e vivendo a arte na intensidade máxima. Busco sentir histórias, memórias, escrever detalhes e me manter atento a cada cena no imaginário dos livros ou numa grande tela de cinema.

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