Crítica | Tempestade: Planeta em Fúria (Geostorm)

Nota
2

A ocorrência cada vez mais frequente de eventos climáticos capazes de ameaçar a existência da humanidade faz com que seja criada uma extensa rede de satélites, ao redor de todo o planeta, de forma a controlar o próprio clima. Apelidado de “Danny Boy”, este sistema construído a partir da cooperação de 17 países é coordenado pelo engenheiro Jake Lawson. Após anos de dedicação, ele é afastado da função devido a questões políticas e, em seu lugar, é nomeado seu irmão caçula, Max. Três anos depois, quando a coordenação do “Danny Boy” está prestes a ser transferida dos Estados Unidos para a ONU, falhas pontuais provocam uma forte nevasca em pleno deserto no Afeganistão e altíssimas temperaturas em Hong Kong, que matam centenas de pessoas. Jake é então convocado para descobrir o que está acontecendo e, enviado para a estação internacional, desvenda uma imensa conspiração ao mesmo tempo em que precisa deixar para trás os atritos existentes com Max.

E mais uma vez o planeta Terra está prestes a ser destruído nos cinemas. Estreando nos cinemas brasileiros nessa quinta-feira (19), o longa Tempestade – Planeta em Fúria é mais um daqueles longas no quais a humanidade está prestes a ser totalmente dizimada e com isso, temos um verdadeiro caos de prédios e monumentos históricos sendo explodidos e deixando a população a um passado da completa extinção.

Pois bem, essa primeira sentença da crítica você vai encontrar em todos os filmes desse gênero, e podem ter certeza, o novo filme do diretor Dean Devlin traz consigo todos os clichês já utilizados em produções como O Dia Depois de Amanhã, Guerra dos Mundos, Independence Day, 2012 e por aí vai. Às vezes a impressão que se passa é que longas desse gênero tentam por muitas vezes apenas mostrar novas tecnologias de efeitos especiais que estão sendo moldados para as grandes salas de cinema.

Tempestade – Planeta em Fúria, nos mostra um futuro onde o ser humano construiu uma máquina na qual consegue controlar o clima do planeta, e com isso, após alguns anos, alguém decide fazer uma conspiração para usar a máquina como arma. Sim, podemos afirmar que isso é uma boa crítica ao que vivemos nos dias de hoje, além também de criticar de maneira muito rasa os problemas ambientais do planeta Terra que vivemos no dias de hoje.

Contudo, todos esses assuntos são levantados de maneira muito pouco aproveitada, e com isso, mesmo com um elenco de peso com Gerard Butler, Andy Garcia e muito mais, o longa acaba sendo um desperdício de bons atores e até mesmo boas atuações, para contar uma história na qual já vimos nos cinemas sendo contada da mesma forma há anos e até décadas atrás.

 

Formado em publicidade, crítico de cinema, radialista e cantor de karaokê

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