Crítica | Trolls

Nota
3

Trolls é uma animação de fantasia, comédia e musical lançada em 2016 pela DreamWorks, uma produção que nos mostra o mundo fantástico, colorido e feliz dos Trolls em contraponto com o dos terriveis e infelizes Bergens, que comem Trolls pra ter acesso a felicidade. Poppy, a princesa Troll, cheia de glitter e feliz, decide então se juntar a seu amigo Tronco, um Troll cinza e mau humorado, para salvar seus amigos dos terriveis Bergens, dando inicio a uma feliz e musical aventura.

Baseado numa linha de brinquedo já conhecido pelas crianças, Trolls explora, com muita cor e personalidades distintas, uma narrativa de simples compreensão e apoia-se na musica para desenvolver a história, com clássicos como I’m Coming Out de Diana RossTrue Colors de Cindy LauperCan’t Stop the Feeling! de Justin Timberlake, além de outros sucessos conhecidos que nos colocam cada vez mais próximos dos sentimentos e pontos de vista dos personagens.

A direção de Mike Mitchell, que também está envolvido nos filmes da franquia Kung Fu Panda, mostra muita influência nas cores e na narrativa, que trata de temas mais delicados, já a co-direção de Walt Dohrn, que participou da equipe da série Bob esponja e de alguns filmes da franquia Shrek, mostra sua tendencia a trazer sucessos com foco na parte musical, que é essencial para o filme.

É praticamente impossivel não se apaixonar pela Bergen Bridget (dublada por Marcia Coutinho), que além de roubar a cena com toda fofura e carisma, faz a narrativa andar sobre o pressuposto de que todos podem ser felizes por si só, com autoestima e dançando, por mais que isso fique um tanto quanto genérico ao final da narrativa, lembra bastante a atmosfera de muitos musicais conhecidos, como Footloose e Hairspray.

O filme com certeza fica mais emocionante para os americanos pela dublagem de Justin Timberlake e outras vozes conhecidas, além de suas canções originais, mas a dublagem brasileira mostra toda sua competência ao não deixar de dar sentido paras musicas e nem deixar a narrativa perder sua valor através da tradução. A Poppy dublada por Jullie, que já fez parte do elenco de produções do Disney Channel e participou do The Voice, foi uma ótima escolha para uma personagem bem feminina, que exala felicidade e energia e faz um contraponto interessante com Hugo Bonemer, que dubla Tronco num tom mais sério e realista com tudo.

Trolls é um filme infantil que, definitivamente, é definido por suas músicas e decisões narrativas simples, que entregam um bom filme para seu público alvo, porém poderiam amarrar melhor algumas pontas ou trazer um final menos genérico. A direção de arte deixou tudo bem definido, criando a personalidade de cada troll para um brinquedo especifico, além de todo um cenário que conversa com os post its que a protagonista faz no decorrer da trama, e onde todas as cores são bem harmônicas e dentro de um aspecto infantil e fantástico.

 

Formado em cinema de animação, faço ilustrações, sou gamer, viciado em reality shows, cultura pop, séries e cinema, principalmente terror/horror

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