Crítica | Van Helsing – O Caçador de Monstros (Van Helsing)

Nota
5

Gabriel Van Helsing (Hugh Jackman) é um famoso caçador de monstros na Europa, e, em uma nova missão da igreja, precisa ajudar a última descendente da familia Valerious, Anna Valerious (Kate Beckinsale), a derrotar o filho do diabo, o famoso Drácula, e seus servos. Van Helsing é um filme de ação, fantasia, terror e aventura que nos coloca na era vitoriana, em 1888 e anos seguintes, direto na Transilvânia, somos colocado diante do  Dr. Frankenstein e sua criação, vampiros, lobisomens, caçadores de monstros, e tantos outros monstros famosos do cinema e livros. Juntos, eles estão aqui e nos contam uma história boa, concisa, imersiva e que nos encanta por cada um dos personagens do elenco.

Dirigido e escrito por Stephen Sommers, o filme nos traz uma das melhores transformações de lobisomem do cinema, um bom CGI, figurinos impecáveis, um elenco cativante e maquiagem de qualidade, um combo que todo filme deveria ter pra ser bem sucedido. Vemos características do diretor em cenas de ação e perseguição, seja por terra ou aéreas, trazendo ricos detalhes da locação, onde temos o gótico na arquitetura, com bastante força nas histórias de vampiros e em vários cenários diferentes. Vale destacar os diversos castelos do filme, cada um com a cara de cada personagem, as armas de steampunk do caçador de monstros e suas veste. Uma boa direção de arte foi essencial para esse filme em conjunto com o trabalho de maquiadores e do CGI.

Hugh Jackman e a Kate Beckinsale trazem uma química de gato e rato, o que vai evoluindo a uma química sensual no decorrer do filme. A escolha de Richard Roxburgh para o papel de Conde Drácula foi essencial para trazer a excentricidade do personagem, bem como seu extinto assassino e grande antagonismo, entregando um bom trabalho tanto na performance corporal, nas diversas transformações, como em cenas com alguns toques cômicos, trazendo uma sutileza que combina com o posto de mestre de todos os vampiros e que agrega bastante à sua atuação. O destaque entre os coadjuvantes são as noivas de Drácula, cada uma com uma essência própria que desperta um interesse forte nas personagens e nos figurinos, que deixaram elas com sua marca no filme. Frankenstein muitas vezes surge como alívio cômico, como uma ironia à sociedade da época por o monstro ser mais culto e conhecer mais da bíblia do que a população bárbara e ignorante que queria matá-lo, mesmo sendo o monstro mais inofensivo.

Van Helsing é um filme bem sucedido narrativamente, artisticamente e marcou os anos 2000 com o seu CGI, ele nos apresenta uma salada de frutas de monstros da história do cinema, mas com um sabor próprio de cada um, que nos faz querer mais de cada porção delas. O longa nos mantém interessados, nos mostra um grande plano, um bom clímax, surpresas e mistérios que, ao se desenrolar, guiam a narrativa de forma clara, criando personagens tão bem desenvolvidos que nos traz apreço pelos personagens.

 

Formado em cinema de animação, faço ilustrações, sou gamer, viciado em reality shows, cultura pop, séries e cinema, principalmente terror/horror

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