Nota
Chegando aos cinemas do mundo todo nessa quinta-feira, a primeira parte de uma suposta trilogia final de filmes traz velhos rostos conhecidos da saga.Emendando na história contada em Velozes e Furiosos 5: Operação Rio (2011), o filme lembra da ausência de Paul Walker, grande astro da franquia, e foca em Vin Diesel comandando essa grande familia e contracenando com Michelle Rodriguez, Jason Statham, Tyrese Gibson, Brie Larson, Jason Momoa, Charlize Theron, John Cena, Sung Kang e Jordana Brewster, sob direção de Louis Leterrier e roteiro por Justin Lin.
O filme começa com uma recapitulação dos eventos de Operação Rio, nos presenteando com a volta de Bryan, vivido por Paul Walker, e apresentando o vilão vivido por Jason Momoa, usando várias locações ao redor do mundo, todas elas cheia de ação e vingança orquestrada pelo personagem de Momoa, Dante Reyes. Ele é a melhor coisa do filme, lembra claramente o Coringa da DC. Quando pensamos que essa franquia é marcada por vilões fracos e textos rasos, o filme nos entrega um trabalho espetacular do Momoa, um completo sociopata, se Jason Statham foi um excelente antagonista em Velozes 7, Momoa arrasa tudo, mata no peito e faz toda a trama do longa girar, colocando a Cyber de Charlize Teron quase morta, forçada a se aliar com Dominic Toretto, uma ameaça constante que o força a precisar proteger a família a todo custo, algo que move todos os filmes da franquia.
O filme não é a história da final da franquia, e sim parte de uma narrativa de dois filmes que deve ser encerrada em Velozes 11, apesar de haver rumores de que a narrativa final terá três partes. Em vários momentos, o filme parece flertar com uma aparição de Bryan em versão digital, o que deve ter acontecer mais concretamente mais pra frente, visto que as consequências desse filme pedem a aparição de Bryan O’ Connor. Cenas de ação frenética não faltam nesse filme mas, ao contrário de Velozes 8 e 9, há um equilíbrio melhor na coordenação delas, as resoluções que todo filme da franquia usa para várias situações continua lá, com seus exageros, “carros especiais”, porém com mais timing.
Velozes & Furiosos 10 não te dá tanto tempo para respirar, pois são muitos núcleos de personagens diferentes se desenvolvendo ao mesmo tempo, trazendo uma proposta de final interrompido assim como Guerra Infinita fez, o que agrada, e, dessa vez, sem medo de matar personagens, algo que nunca aconteceu na franquia. Com 2h 20 minutos, é uma sessão com boa pipoca garantida, racha de carros, um vilão absurdo de bom e uma ação frenética, que pelo menos é bem coreografada, cá entre nós Jason Statham manda bem demais nisso e Tyrese Gibson e seu grupo sempre está ali para tirar boas risadas do público. Temos ainda uma cena pós-créditos eletrizante, então fique até o final, vale muito a pena.
Daniel Pereira
Jornalista, torcedor do Santa Cruz e do Milan, Marvete, ouvinte de um bom Rock, uma boa leitura acalma este ser pacífico.
Resposta de 1
Gostei de como feita a leitura do filme. Parabéns.