Crítica | Vingadores – Guerra Infinita (Avengers: Infinity War)

Nota
4

Uma jornada cinematográfica sem precedentes produzida por dez anos através todo o Universo Cinematográfico da Marvel, Vingadores: Guerra Infinita traz para as telas a batalha definitiva e mais mortal de todos os tempos. Os Vingadores e seus super-heróis aliados precisam estar dispostos a sacrificar tudo em uma tentativa de derrotar o poder de Thanos antes que sua onda de devastação e ruína coloque um fim no universo.

A espera finalmente acabou. Após dez anos da estreia do primeiro filme do Homem De Ferro,  os estúdios da Marvel conseguiram construir um universo cinematográfico integrado no qual reunia diversos heróis e vilões em uma jornada que os levaram a esse ponto, A Guerra Infinita.  Após dez anos de desenvolvimento do intitulado Universo Cinematográfico Marvel (MCU), Vingadores – Guerra Infinta não é apenas uma grande celebração, e sim, uma prova do quanto a Marvel amadureceu ao longo de todo processo.

Os diretores, e irmãos, Joe e Anthony Russo tinham em suas mãos uma tarefa extremamente complicada , construir uma história com mais de 40 super heróis, apresentar e explicar as motivações de um vilão megalomaníaco , além de relembrar e introduzir as tão preciosas Jóias do Infinito. Com todos seus heróis já apresentados ao longo dos 10 anos do MCU, a ideia corajosa dos diretores foi fazer um filme  dos Vingadores no qual o protagonista não fosse nenhum deles, e sim o vilão Thanos.

Thanos tem um fator que o faz diferente de todos os vilões da Marvel nos filmes anteriores: MUITO Espaço para se desenvolver. Enquanto nas produções passadas os vilões serviram apenas de escada para os heróis , dessa vez a história é contada pelo ponto de vista do antagonista. O ator Josh Brolin consegue se impor contra os heróis e deixa um tom pesado de ameaça toda vez que aparece na tela.

Tendo o vilão como verdadeiro protagonista, infelizmente quem acaba perdendo o brilho são ALGUNS dos grandes heróis da franquia. Claro que os principais nomes, como Homem de Ferro, Capitão América, Thor, Doutor Estranho, Homem Aranha e Senhor das Estrelas têm seus momentos de glória garantidos,  porém, os demais se tornam meros coadjuvantes, ou até mesmo figurantes em cena. Com um ritmo acelerado desde o começo, alguns dos melhores heróis se tornam apenas funcionais, sem nenhuma função narrativa significativa.

Quem tem uma importante função narrativa na trama são as Joias do Infinito. Além de serem muito bem explicadas para o público, o uso da Joias acaba sendo um verdadeiro espetáculo visual. Ao ativar cada uma delas, o vilão prende a atenção do espectador, e causa um vislumbre apoteótico.

Vingadores – Guerra Infinita tinha a ambição de ser um filme histórico, se tornando um verdadeiro marco na história do cinema. Pois bem, os seus vinte minutos finais fazem isso de maneira triunfal, deixando os espectadores em um sentimento no qual posso afirmar que não acredito que algum filme de heróis já tenha protagonizado.

 

Formado em publicidade, crítico de cinema, radialista e cantor de karaokê

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