Crítica | Vingadores: Ultimato (Avengers: Endgame)

Nota
4

Após Thanos eliminar metade das criaturas vivas utilizando as Jóias do Infinito, os Vingadores precisam lidar com a dor da perda de amigos e seus entes queridos. Com Tony Stark e Nebulosa  vagando perdidos no espaço sem água nem comida, Steve Rogers, Natasha Romanov e os demais Vingadores que ficaram na terra após a batalha de Wakanda precisam liderar a resistência contra o titã louco.

Após mais de 10 anos, e 22 filmes, o Universo Marvel no cinema encontra o seu grande momento em Vingadores: Ultimato. Após perderem a batalha mais importante das suas vidas, os heróis precisam entender como seguir em frente após o estalar de dedos do vilão Thanos. A ideia inicial do grupo é fazer jus ao nome da equipe, e partir para vingar a morte dos seus amigos e o restante do universo. O primeiro ato de Ultimato se baseia nisso. Os heróis encontram a localização do titã louco, partem em busca de vingança e buscam uma maneira de reverter seus atos. O primeiro ato do filme é bastante tenso e sombrio. O peso da perda, o desejo de vinganças e os erros cometidos por alguns dos heróis deixam a atmosfera e o semblante dos personagens extremamente pesados. Infelizmente, esse primeiro ato se encerra de forma rápida até demais. Mesmo que isso aconteça numa forma surpreendente, a sensação que fica é a de que esse primeiro ato deveria ter tido mais minutos em um filme de mais de 3 horas.

Talvez o principal problema de Ultimato seja a transição e, principalmente, a diferença de tons que acontecem do primeiro para o segundo ato. Após os acontecimentos do primeiro ato, o filme se torna muito mais leve, com alguns personagens passando por mudanças nas quais fogem de todo o tom que o primeiro  ato havia definido. O longa então se torna mais light e divertido, contudo, continua surpreendendo o seu público a todo momento.

O filme então continua em duas vertentes bem interessantes. A primeira é uma verdadeira celebração aos longas passados, e uma grande homenagem dedicada aos fãs que investiram seu tempo, seu dinheiro e suas emoções desde o primeiro filme do Homem de Ferro lançado em 2010. A segunda vertente é a jornada dos três principais pilares do universo Marvel: Homem de Ferro, Capitão América e Thor. Os três personagens são aqueles com mais destaques no longa e com certeza vale a pena cada segundo vê-los em cena. As atuações do trio provam muito bem que eles estavam preparados para o que viriam a seguir, no último e decisivo ato final.

E é ai que se encontra o auge de todo o trajeto que levou os fãs e personagens até aqui. Os Irmãos Russo, diretores do longa, mostram que estão em controle a todo momento e entregam aos fãs cenas icônicas atrás de cenas icônicas, atrás de cenas icônicas sem parar. O tom de urgência e perigo iminente que sentimos em Vingadores – Guerra Infinita volta com tudo e o clima de que algo terrível pode acontecer toma a tela. A sequência final pode ser apenas definida como um presente para os fãs.

Vingadores Ultimato é um ótimo longa e irá fazer os fãs chorarem, sorrirem, aplaudirem, gritarem, como fizeram na grande maioria dos longas da Marvel. O filme é uma verdadeira recompensa para esses 10 anos e encerra todos os arcos que havia prometido nesse tempo. A sensação após o término das mais de três horas é de profunda gratidão e de que a produção será uma das obras que mais iremos lembrar de assistir durante toda nossa vida.

 

Formado em publicidade, crítico de cinema, radialista e cantor de karaokê

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *